Quando se fala em fraude nas eleições eletrônicas,
muita gente reage de forma até violenta. Não admitem sequer discutir. Dizem
logo: é impossível; é a eleição mais segura do mundo, etc. Pois bem, trata-se
de eleição que exige dos concorrentes forte esquema de fiscalização, pois é
perfeitamente e facilmente possível modificar o resultado de uma eleição,
através de diversos métodos, sendo que o mais comum é patrocinado por mesários
orientados e em conivência entre os mesmos.
Em geral, nas duas horas finais do período de
votação, onde muitos fiscais (quando tem) já abandonaram seus postos, é
possível votar por todos que não compareceram e rabiscarem as folhas de votação
e fica por isso mesmo.
Outro fator que contribui, é a ausência de foto no
título de eleitor, o que propicia uma pessoa votar por outra. Em muitos
lugares, os mesários ou acompanhantes, em geral crianças, votam por idosos ou
eleitores com dificuldades no manuseio da máquina.
Alguém pode dizer que o voto digital impede a
fraude. Ledo engano, se a máquina não reconhece a digital, o presidente da
seção pode liberar a mesma para o eleitor votar, e ai é que mora o perigo, se
pode liberar, então…
Outro ponto importante e decisivo, é o direito que
os partidos políticos têm de verificar através de CD fornecidos a eles pelo
TSE, para checarem a completa normalidade dos computadores que fazem a
totalização do resultado vindo de todos os municípios, para os TRE e que enviam
para o TSE. Os Partidos têm que estarem atentos, não podem vacilar.
Para não esticar mais o assunto (muita gente grande
se aborrece), só tem uma maneira de evitar a fraude, é uma forte fiscalização
com fiscais treinados e comprometidos, além claro, da atuação da justiça, fora
disso é risco iminente.
A propósito, diante de questionamentos sobre a
inviolabilidade da urna eletrônica, o TSE contratou três equipes da área de
informática da UNB para, através de estudos, verificar se seria possível
identificar em quem os eleitores votaram em uma determinada urna com votação
concluída. Um das equipes, coordenada pelo Prof. Diego Aranha, de posse do
horário de votação de uma eleitora famosa, identificou todos os seus votos. Ou
seja, foi-se por terra o sigilo do voto. Então por que não fazer a impressão do
voto no ato da votação ?
Em 2012, a convite nosso, o Prof.Diego, à época com
28 anos, esteve em Teresina e Timon. Fez uma importante palestra sobre o tema,
no auditório do SESI em Teresina, deu entrevistas e fez várias conversas com
públicos diferentes. Restou a nós muitas preocupações e uma reflexão: treinar
fiscais é tão importante quanto conquistar votos. Quem duvidar, pode chorar
depois do leite derramado. Depois de proclamado o resultado, qualquer reação de
quem perdeu, é choro de perdedor. Adeus Rosa…
…quanto à “fraude eletrônica”, só tem um jeito:
EVITAR. Ai se dará consistência ao poder originário, essência da democracia.
Eng. Chico Leitoa
tem gente em caxias que é vitima.