O
que se chamava de grupo Coutinho em Caxias, e que até pouco tempo era símbolo de
oposição na política da cidade, está agora apenas como lembrança daqueles que
gostam e vivem no mundo político, esse sentimento que desperta paixões e a cada
2 anos movimenta a cidade aqui e alhures.
Com
a desistência da deputada Cleide Coutinho em se lançar candidata a prefeita, preferindo
indicar a sobrinha, vereadora Thaís, como candidata a vice-prefeita do deputado
estadual Adelmo Soares, um estranho no ninho que chegou desagradando a
importantes nomes das forças oposicionistas, o que antes era referência de
oposição representa hoje apenas uma recordação daquele importante grupo
político que, comandado por Humberto Coutinho (in memoriam), manteve o protagonismo
em Caxias por mais de 20 anos.
O
primeiro integrante do ex-grupo Coutinho a abandonar as fileiras dessa ala
oposicionista foi o radialista e empresário César Sabá, que ainda em 2018
decidiu não apoiar a candidatura de Cleide Coutinho e hoje é pré-candidato a
prefeito de Caxias.
Dos
5 nomes que se lançaram como pré-candidatos a prefeito na fatídica reunião do
ainda grupo Coutinho em setembro de 2019, apenas a vereadora Thais, talvez por
motivos familiares, ainda continua cerrando fileiras ao lado de sua tia Cleide.
Magno
Chaves, Luis Lacerda, Tino Castro e Júnior Martins, nomes que representavam a
pluralidade e a essência do grupo Coutinho na sociedade caxiense, se afastaram
e buscam viabilizar seus nomes na disputa majoritária de 2020, já tendo Tino
Castro e Júnior Martins lançado seus nomes como candidatos a prefeito.
No
desenrolar dos acontecimentos, e com a fragmentação da oposição no município, o
prefeito Fábio Gentil assiste de camarote ao desmonte dos seus potenciais
adversários, o que só o favorece, uma vez que no recente pleito de 2018, onde
teve a chance de medir seu potencial eleitoral, conseguiu eleger seu pai, Zé
Gentil, como o deputado estadual com maior votação na história do município,
uma demonstração inequívoca de prestígio junto ao eleitor caxiense.
Apesar
das movimentações oposicionistas ainda estarem dispersas, e caso continuem
assim, teremos uma eleição com vários candidatos a prefeito de Caxias, o que é
salutar numa democracia.