É impressionante o
modo como a humanidade mudou o seu pensamento nos últimos 50 anos. Antes de
várias descobertas científicas e, principalmente, no campo da medicina,
fazíamos coisas absurdas! Mas se você acredita que ainda vivemos como nossos
avós, é bom dar uma olhada nessa lista. Se você não acredita, pode ler e
escolher qual é a prática que acha a mais bizarra. Deixe sua opinião nos
comentários:
10. Venda de esposas
É claro que isso ainda acontece em alguns países, mas
antigamente era um evento “um pouco” mais humilhante. Durante a época medieval,
quando um homem e uma mulher se casavam, eles se tornavam uma “entidade”
literalmente. Tudo o que a mulher possuía, incluindo ela mesma, passava a ser
do seu marido. E, se ele quisesse, poderia vendê-la em um leilão público, que
era anunciado por todos os cantos da cidade. Em alguns casos (e você pode até
imaginar quais) a própria mulher arranjava sua “venda” e levava o dinheiro ao
ex-marido.
9. Enema de tabaco
Era realmente um procedimento médico colocar um tubo “lá” e
soprar fumaça de cigarro para dentro do sujeito doente. E isso aconteceu até o
século XIX. O tratamento era usado para aliviar dores de cabeça, de estômago,
cólicas e, ironicamente, problemas respiratórios.
8. Exames de gravidez
bizarros
Como saber se você realmente está grávida sem ter que
esperar pelo próximo mês? As moças da antiguidade tinham vários métodos. No
Egito e na Grécia antigos elas faziam xixi sobre um saco de trigo. Se ele
germinasse, é porque ela estava grávida. Hipócrates, um dos pais da medicina,
sugeria que a mulher tomasse água com mel antes de dormir. Se tivesse cólicas,
o teste deu positivo. Mas um dos testes mais bizarros era o dos coelhos,
desenvolvido em 1927. A urina da moça supostamente grávida era inserida no útero
das coelhas. Se os ovários delas respondessem, é porque um certo hormônio
estava presente e a moça estava grávida.
7. Xarope calmante Mrs.
Winslows
Entre os séculos XIX e XX, várias substâncias foram testadas
e, algumas, mostraram ter um impacto no cérebro. Um bom exemplo é o xarope
calmante Mrs. Winslows, que era usado para acalmar crianças pequenas. Ele
diminuía o batimento cardíaco dos pequenos e isso fazia com que eles dormissem
rápido. Só que alguns bebês começaram a morrer após a ingestão da mistureba. E,
apesar de denúncias, o xarope continuou a ser vendido até 1930.
6. Lobotomia
Você já deve ter ouvido falar de lobotomias, mas você sabe
realmente do que se trata? Ela é uma terapia extremamente invasiva e radical,
muito praticada na primeira metade do século XX, para tratar as pessoas que
tinham problemas mentais. A lobotomia simplesmente cortava as conexões do
córtex pré-frontal do cérebro com outras partes do órgão. Os médicos furavam os
crânios dos pacientes e destruíam os tecidos que cercavam os lobos frontais.
Obviamente, os pacientes que sofriam de esquizofrenia, depressão e outros
problemas mentais, aparentavam mudança significativa no comportamento. Só que
isso porque o paciente, além de sua doença, passava a sofrer com lesões
cerebrais que o incapacitavam. Apesar de seus efeitos colaterais, estima-se que
centenas de milhares de lobotomias tenham sido feitas. Hoje, ela é uma prática
ilegal.
5. Bibliopegia antropodérmica
A Bibliopegia antropodérmica é uma prática deveras
perturbadora. Basicamente, consiste em encapar um livro usando não couro ou
outro material, mas pele humana. No século XIX, onde ocorriam muitas
dissecações de cadáveres, essa se tornou uma prática comum e várias
universidades ainda possuem alguns exemplares de livros encapados com pele. No
fim dos anos 1800, vários criminosos apareceram nos EUA – um deles era
conhecido como Big Nose George (ou George Narigudo). Ele foi capturado e,
posteriormente, morto. Seu corpo foi doado para pesquisa científica e acabou
nas mãos de Thomas Maghee e John Eugene Osborne, médicos. Eles dissecaram o
corpo, ofereceram o topo de seu crânio para uma menina de 15 anos chamada
Lilian Heath (que, mais tarde, se tornaria a primeira mulher a exercer a
medicina no estado americano de Wyoming) que o usou como cinzeiro, peso de
papel e de porta. A pele do criminoso foi removida e usada para fazer sapatos
para John Eugene e uma mala. Ele usou o sapato quando foi eleito governador do estado.
Hoje, os sapatos estão em exposição, juntamente com o topo do crânio de Big
Nose George.
4. Drapetomania
Drapetomania foi um “distúrbio” descoberto por um médico
americano em 1851 que causava aos escravos negros uma “misteriosa” vontade de
fugir das fazendas onde trabalhavam. Segundo o médico Samuel A. Cartwright isso
era culpa dos proprietários dos escravos, que, frequentemente, os tratavam como
iguais e não como seres inferiores. Para curar essa “doença”, o médico sugeria
que os proprietários punissem os escravos até que eles fossem completamente
submissos.
3. Direito divino dos reis
Basicamente, é a premissa de que os reis podem governar
porque têm direito divino – ou seja, suas ações seriam justificadas porque Deus
estava por trás delas. A teoria foi especialmente usada em governos europeus.
Exemplos são James VI da Escócia(1567–1625), James I da Inglaterra (1603–1625)
e Louis XIV da França (1643–1715). Só que isso causava um problema para os
educadores dos príncipes. Como você não poderia punir o representante de Deus
na Terra, se um príncipe jovem fazia alguma besteira, os seus colegas eram
punidos na frente dele. Como, normalmente, os filhos do rei eram educados
isoladamente, amizades não eram formadas. Para isso, usava-se alguns meninos de
classes mais baixas, que, supostamente, formariam amizades com o futuro rei e,
quando ele não obedecesse, havia esse menino especialmente contratado para ser
chicoteado na frente dele. Então se considerava que punir um amigo do príncipe
era uma maneira de atingi-lo sem machucá-lo. O problema é que nem todos os reis
e príncipes eram tão benevolentes com pessoas de classes sociais inferiores.
2. Mimizuka
No período da história japonesa conhecido como Sengoku,
havia muitas disputas militares. Uma das práticas após os conflitos era que o
lado vencedor poderia levar “troféus” da batalha – normalmente as cabeças
decepadas dos inimigos. Normalmente, a recompensa que os lordes davam aos seus
guerreiros era baseada na quantidade de cabeças inimigas que eles traziam de
volta. Quando o Japão invadiu a Coréia, era mais prático trazer de volta não as
cabeças inteiras, mas uma orelha ou um nariz, que eram trazidos ao Japão em
barris. Estima-se que cerca de um milhão de pessoas foram mortas. Templos que
continham essas partes foram erguidos e o maior deles se chama Mimizuka –
estima-se que ele guarde os restos de 38 mil coreanos.
1. Histeria feminina
A histeria feminina já foi um diagnóstico comum que, hoje,
está completamente desacreditado. Em 1859, um médico chegou a dizer que um
quarto de todas as mulheres sofria com histeria feminina. Outro médico
catalogou 75 páginas de sintomas que caracterizavam a histeria feminina. De
acordo com o documento, quase todos os males que o corpo humano sofre,
independente do motivo, poderiam ser caracterizados como sintomas da doença.
Acreditava-se que a “vida moderna” do século XIX fazia com que as moças fossem
mais suscetíveis a desenvolver histeria. E isso não é o mais chocante. Como a
histeria era associada com insatisfação sexual, o médico fazia “massagens
pélvicas” na moça até que elas passassem por “paroxismo histérico” – em outras
palavras, o médico masturbava a paciente até que ela tivesse um orgasmo. E,
estranhamente, eles diziam que apesar das pacientes não terem risco de morte,
elas precisavam de tratamento constante – não vamos esquecer que eles eram
pagos pelas massagens pélvicas. Em 1873, o primeiro vibrador foi inventado para
propósitos médicos – eles eram apenas disponíveis para os médicos que os usavam
e não para as moças insatisfeitas diretamente. Posteriormente, o aparelho se
popularizou e as moças puderam comprar seus companheiros sem a “interferência
médica”.
[Listverse]
(Pesquisa da jornalista Luciana Galastri)