O grupo Coutinho sentiu o golpe ao ter a
deputada Cleide na lista do TCU como ficha suja por conta do processo (004.737/2004-0)
da época em que era gestora da saúde de Caxias (1999), o que a coloca, por
exemplo, inelegível nos 8 anos seguintes a esta condenação.
A própria deputada publicou uma nota de
esclarecimento sobre o caso afirmando inocência e que “tudo já foi esclarecido e inclusive por mais de uma vez perante esse
Tribunal (TCU), não fazendo sentido a deputada ser absolvida e condenada sobre
o mesmo fato”, diz trecho da
nota.
Rapidamente, os funcionários da Prefeitura de
Caxias, e os correligionários mais ‘afoitos’, trataram logo de espalhar o
esclarecimento da deputada tratando-a como a “madre Tereza de Calcutá” da política caxiense.
Mas se os exageros apelativos nas redes
sociais defendendo a inocência de Cleide Coutinho foram muitos, na sua emissora
de TV (Sinal Verde), essa defesa transformou-se em coisa do além.
Em socorro a patroa, o principal nome da
emissora coutinhiana, apresentador e advogado Ricardo Marques, evocou o
falecido senador Alexandre Costa como sendo uma peça fundamental no episódio da
época da condenação de Cleide Coutinho no TCU.
E o que disse RM na TV Sinal Verde? Leia
abaixo:
“Cleide
Coutinho foi secretária municipal da Saúde pelo período de três meses do ano de
1999. O famigerado Maracutaia era deputado federal. Hoje sabe-se que, em
Brasília, ele fazia de tudo para atrapalhar Caxias.
Naquele período de três meses em que esteve
secretária, Cleide Coutinho, com a ajuda do saudoso senador Alexandre Costa,
conseguiu remunicipalizar a Saúde de Caxias. Sim, Caxias fora
“desmunicipalizada” porque o prefeito anterior – adivinha quem era? – cometera
uma série de maracutaias que levou o Ministério da Saúde a “desmunicipalizar”
Caxias.”
Vejam bem: “Naquele período de três meses em que esteve secretária, Cleide
Coutinho, com a ajuda do saudoso senador Alexandre Costa...”
Mesmo morto, ex-senador
Alexandre Costa é usado no período em que Cleide Coutinho
foi secretária de
Saúde em Caxias
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Destaquei esse trecho do editorial de Marques
para mostrar ao leitor que os palacianos
estão meio perdidos na tentativa de defender o baluarte da moralidade do grupo
Coutinho.
Alexandre Costa jamais participou, em 1999,
de alguma tentativa de ajudar Cleide Coutinho em nada. Não o fez pelo simples fato
de que o mesmo estava morto, há um ano (1998). Mais: acometido de um grave avc
(acidente vascular cerebral), desde 1995 o senador caxiense não respondia a estímulos
e assim ficou nos 3 anos seguintes até quando veio a falecer.
Calma, pessoal! Com bons advogados e recursos
para pagar quantos mais precise, com certeza a deputada Cleide Coutinho se
livrará dessa. Só precisam se atentar e respeitar quem não tem nada a ver com o
assunto e que estava morto no período que a deputada se meteu nessa encrenca. Menos, menos...
Como diz um amigo meu que frequenta o bar do Cantarele, temos aqui mais um RÁBULA. O cidadão que exerce a profissão de rabula e não sabe ligar os fatos no contexto cronológico histórico não merece a minima atenção.