Por Edson
Vidigal, Advogado,
foi Presidente do Superior Tribunal de Justiça e do Conselho da Justiça
Federal.
O que o Yussef já falou com a segurança de quem, ao
final, ficará menos tempo na cadeia do que nas décadas que lhe seriam
destinadas pela sentença terminativa não terá comparação nem de longe com o que
o Ricardo anotou de cabeça e depois conferiu em documentos só para não perder o
foco do que tem de mais novidades a dizer no longo depoimento em que
revelará as incríveis propinas e as audaciosas transações em favor de figuras
aparentemente inimagináveis nessas possantes coalizações partidárias.
Dilma mandou abastecer o aero lula e depois de
classificar a Petrobrás como a Pátria de mãos sujas de petróleo, querendo dar
uma de Nelson Rodrigues para quem a seleção brasileira é a Pátria de chuteiras,
embarcou para o México.
E do México, ao saber que mais uma medida
provisória do seu pacote fiscal havia sido aprovada pelo Senado, mandou sair
uma caipirinha, não se sabendo se de pinga de Minas ou se de tequila Juan
Cuervo, soltando entre sorrisos a frase comemorativa – “O México me deu
sorte!”.
- Pois vá ficando por aí, dona! – Bradou o carioca
no Amarelinho da Glória, bem ali perto do Aterro do Flamengo, quando a viu
dizer aquilo pela televisão. Todos acharam graça. Ninguém vaiou a Presidenta.
Em São Paulo, é diferente. Ultimamente tem sido
perigoso a qualquer Ministro dos Governos do PT, tenha sido do Lula ou da
Dilma, andar à rua ou sentar-se à mesa de um restaurante.
O Mantega, coitado, depois de passar quatro anos
levando esporros e desmentidos da Dilma para no fim ser demitido pela televisão
em plena campanha eleitoral dela, já não pode ser visto nem em lanchonete de
hospital, nem em restaurante, mesmo já sendo noite.
Outro, o Padilha, que aceitou corajosamente ser
candidato do PT a Governador do mais poderoso Estado do Brasil, tendo no fim
que amargar humilhante derrota, saiu de um restaurante antes de esvaziar o
prato, pedindo a conta às pressas, ante o clima de hostilidade em hora tão
sagrada, a do almoço.
O País parece não se reconhecer em suas próprias
incursões de intolerância politica. Ingrediente maior volta a ser esse silêncio
com que a maioria das pessoas parece encarar a insuportável exploração do
Estado ineficiente e em escalada totalitária sobre a sociedade brasileira.
O futebol, tido como um dos espetáculos mais
populares, expõe os clubes sempre sem dinheiro e dando prejuízos a
técnicos e jogadores. Diferente do que se passa com a maioria dos
cartolas.
Não é de hoje que rolam pelo mundo enredos de
corrupção das mais brabas envolvendo alguns cartolas do futebol brasileiro.
Viram o FBI pegando o Marin? Fico a pensar no que leva um octogenário rico, que
foi até Governador de São Paulo, a se envolver com essa banda do mundo imundo
do submundo da FIFA e da CBF. Não deve ter gente mais nova do que o Marin
nisso.
O coração do homem bomba está com pressão normal. O
homem bomba, informam da Policia, está dormindo bem e acorda bem disposto.
Cabeça de geneve, como se dizia em São Luis.
Quem está com batidas muito alteradas no coração,
sem dormir bem e com a cabeça quente é o pessoal que está lista do Ricardo por
conta de doações entre aspas para suas campanhas eleitorais e, por que não
dizer também, por conta das propinas.
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