Com seus proprietários sendo presos em
diversas partes do Brasil, vários estados brasileiros ficaram livres dos golpes
perpetrados por membros de uma quadrilha que vendia um bingo disfarçado de
título de capitalização.
Em Caxias, a quadrilha agia através do esquema
intitulado Piauí Cap que, segundo o vereador Catulé, “levava toda semana por volta de
R$ 600 mil reais de incautos caxienses”.
O tal Piauí Cap definia-se criminosamente como
titulo de capitalização, cuja arrecadação com as cartelas, que eram apresentadas
como investimento, tinham seu suposto retorno não ao cidadão que a adquiria,
mas sim revertida a uma instituição falsa pertencente a quadrilha que
organizava a fraude.
Sendo o primeiro político do Estado a
denunciar e a alertar que o Piauí Cap era uma fraude, Catulé fez vários pronunciamentos
a época, tanto na tribuna da Câmara como no rádio, sendo provado depois que
tudo que o vereador caxiense desconfiava era verídico: o Piaui Cap era realmente
ilícito.
E nesta quarta-feira, 27, Catulé voltou a
abordar o assunto na Câmara Municipal e reiterou novamente as mesmas denúncias
contra o tal bingo disfarçado de título de capitalização que já está operando
novamente em Caxias. “Trata-se do mesmo crime, só tendo mudado o
nome, que agora é Mara Cap”, revelou Catulé.
De acordo com o vereador, ainda naquela manhã
já havia alertado as autoridades contra a volta da prática da atividade
criminosa. “Liguei hoje pela manhã para a promotora Litia Cavalcanti, que foi a
responsável pelo desmantelamento do Piauí Cap no Maranhão para dizer a ela que
o bingo voltou agora com outro nome”, informou o vereador
oposicionista.
Catulé lembrou que quando os donos do Piauí
Cap estavam sendo presos em todo o Brasil no ano passado, e os escritórios da
quadrilha estavam sendo arrombados pela Polícia Federal, as cartelas
continuavam sendo vendidas. “As prisões aconteceram numa terça-feira e um
dia depois, na quarta-feira, as cartelas ainda eram vendidas e eu fui na
Polícia Civil de Caxias e denunciei o caso”.
O parlamentar levantou a hipótese de que
alguém, uma autoridade da cidade, “está por trás desse esquema”. “Sempre
tem alguém, na maioria das vezes um político, por trás disse”, insinuou
ele.
O igualmente criminoso sistema de compra
premiada, a Eletromil, que nasceu no Maranhão e se espalhou por vários estados,
e que também foi combatido por Catulé, foi citado no discurso. “Quando
eu denunciava a Eletromil, que se tratava de uma pirâmide financeira, eles na
época reagiram e foram atrás dos meios de comunicação da cidade para que estes
fizessem a propaganda do bingo chamando as pessoas a cair no golpe”.
O oposicionista citou ainda a existência de
outro bingo na cidade, o Sabiá da Sorte, mas que este, segundo ele, “nós
conhecemos os donos e sabemos do seu trabalho social na ajuda do combate as
drogas”.
Mesmo não tendo relações de amizade com o
proprietário do Sabiá da Sorte, Catulé enalteceu as qualidades existentes no
bingo caxiense. “Esse é da terra, mantém ainda uma escolinha de futebol local, assim
como nos seus sorteios, nós conhecemos os vencedores e conhecemos as pessoas
que fazem a premiação, pois é transmitido por uma tv local”, enfatizou
o edil lembrando que, “o dinheiro do Sabiá da Sorte fica na cidade”.
Preocupado que este novo Piauí Cap, agora
rebatizado de Mara Cap, vá aplicar o mesmo golpe praticado no ano passado,
Catulé conclamou os colegas a tomarem providências. “Faço um alerta para que a
população não caia de novo nesse armadilha”, finalizou o vereador.
A fala do vereador vai de encontro ao que
este blog sempre alertou sobre a fraude que se tratava o Piauí Cap, um bingo
disfarçado de título de capitalização onde o proprietário do suposto título não
podia fazer o resgate do investimento, no que o transformava numa fraude grosseira.
Outros blogs e sites do nordeste também combatiam
a prática criminosa do Piauí Cap, que ficaram caracterizado pela Polícia
Federal como uma quadrilha, onde seus chefes foram presos em diversos pontos do
país.
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