O
prefeito de Caxias, Léo Coutinho, tem a partir da eleição do seu tio, Humberto
Coutinho, como presidente da Assembleia Legislativa do MA, talvez o maior
desafio da sua vida: terá que enfrentar ele mesmo na dura tarefa de fazer uma
administração notável no município.
É que
tendo o tio como presidente da Assembleia, um governador aliado de primeiro
hora, um senador da República do seu Partido (PSB) e uma presidente que recebeu
o seu voto e o apoio de todo o seu grupo, ele não pode mais culpar nada, e nem
ninguém, por falta de apoio ou de excesso de perseguição política contra sua
administração.
Mas,
fora o asfaltamento de algumas ruas da cidade, nesse início da suposta fase de
bonança, os reflexos não são nada animadores e nem um pouco promissores.
Na
saúde, mais uma vez os servidores estão tendo dificuldades para receberem seus
vencimentos, o que motivou o governo municipal a distribuir nota ao público
culpando o Ministério da Saúde pelo atraso nos repasses do setor.
Na educação,
o clima de instabilidade vivido na pasta ainda não teve seu fim anunciado,
colocando em suspense qualquer ação efetiva de melhoria na área. Isso sem falar
em melhora salarial da classe do magistério, que não foi sequer mencionado em
nenhuma entrevista do prefeito, assim como em nenhuma conversa de bastidores.
A
gravidade da questão salarial dos servidores municipais é sem dúvida alguma o
maior legado que o grupo Coutinho instalou em Caxias.
O lema
repetido exaustivamente por Humberto Coutinho em meio aos correligionários, de
que “pago
mal, mas pago em dia...”, é praticamente uma sentença de morte nas
pretensões das diversas categorias profissionais da cidade.
As
obras, oriundas de convênios junto ao governo do estado, certamente virão as
dezenas. Mas junto com essas obras, que serão inauguradas no período eleitoral,
para impulsionar a candidatura do representante do grupo Coutinho nas eleições
municipais de 2016, existe a possibilidade de se repetirem os velhos problemas de favorecimento a empresários amigos por meio de licitações sempre suspeitas.
Mesmo
existindo obras por toda a cidade, os servidores municipais podem ir perdendo
as esperanças de algum incremento nos seus salários.
A
prestação de um atendimento público de qualidade sempre esteve intrinsicamente
ligada aos salários recebidos pelos profissionais envolvidos, mas que em Caxias
amargam os piores vencimentos em todas as categorias de trabalhadores.
E é
com esse quadro de muitas obras, mas salários baixíssimos, que o prefeito Léo
Coutinho enfrentará a opinião pública e o olhar desconfiado do seu tio,
Humberto Coutinho, para garantir que será ele o representante da família para
disputar a eleição em 2016.
Corre,
prefeito! A população quer soluções para os problemas da cidade. O povo quer
saúde de qualidade. Os servidores querem melhores salários.
E
lembre-se: seu tio quer receber pesquisas de opinião que possam garantir que a
cadeira continuará sendo sua.
Já
pensou ser dispensado no intervalo do jogo?! Vai ser uma vergonha...
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