Taís Coutinho foi colocada no seu devido lugar: “Cale a boca que eu estou falando” |
Na
sessão desta segunda-feira, 12, na Câmara Municipal de Caxias, a vereadora Taís
Coutinho (PSB) teve que receber uma lição de educação e de bons modos quanto a
sua conduta e o respeito que cada um tem que ter durante os trabalhos
legislativos. A ‘aula’ desta vez não partiu de um dos vereadores acostumados
aos embates e discussões acaloradas no parlamento caxiense. Foi da evangélica
Irmã Nelzir, a mais pacata e serena integrante da Casa do Povo.
Tudo
começou quando, ao usar o pequeno expediente, onde cada vereador tem 5 minutos
para tratar dos mais variados assuntos, e sem direito a apartes, Taís passou,
como sempre faz, a falar de um suposto caos existente na administração do
prefeito Fábio Gentil.
A
oposicionista não poupou elogios ao governador Flávio Dino e sempre fazendo um
paralelo com a situação da saúde de Caxias, que ela enxerga como péssima. E ao
mirar suas baterias contra a gestão do Hospital Geral do Município, que seu
primo Léo Coutinho entregou fechado e caindo aos pedaços em 2016, passou a
narrar um caso que ela teria presenciado naquela unidade hospitalar.
Depois
que Taís soltou cobras e lagartos contra a saúde de Caxias, com seu discurso
estridente e muitas vezes sem conexão com os fatos, foi a vez da vereadora Irmã
Nelzir abordar a dificuldade que os caxienses tem para serem atendidos no
Hospital Macrorregional, justamente o centro de excelência médica sempre
aplaudido pela oposição.
“Pra
pedir uma transferência para o Macro [regional], daqui da Upa pra lá é uma
humilhação. Eu digo e provo...”,
falou Irmã Nelzir passando a narrar o caso do filho de um vizinho, que em decorrência
de um acidente recente nas imediações do “morro do barata”, teve o atendimento
no Hospital macrorregional dificultado. “Tem que se ter respeito pelas pessoas”
cobrou a vereadora afirmando que o rapaz demorou muito para ser atendido e que
depois de passar por exame de tomografia, teve que ser internado numa UTI “quase
morto”. “Isso não é maneira que se faz com as pessoas. O que é que tem a ver o
povo com política, gente? O que é que tem a ver o povo com o que é do Estado e
o com o que é do município? Vamos olhar pro povo com amor”, defendeu a parlamentar
evangélica.
Sentada
ao lado, Taís Coutinho tentou interromper a fala de Irmã Nelzir e tirou a
colega do sério. “Você quando falou eu fiquei calada, agora você cale a boca que eu
estou falando agora. Tenho você como amiga e como amiga eu respeito, gosto
muito da Tais, mas eu estou falando a verdade, doa a quem doer a gente fala”,
disse ela arrancando aplausos do público presente. “O que é que tem a ver o povo com
política? Nós fomos eleitos pelo povo, somos representantes do povo. Rico ou
pobre nós somos representantes do povo”, concluiu Irmã Nelzir.
Após o
pequeno desentendimento, Neto do Sindicato, que presidia a sessão devido a
ausência de Catulé, dirigiu-se a Taís Coutinho e de forma ríspida lembrou-lhe
das normas da Casa: “Ninguém tem o direito de intervir na fala da vereadora”.
Fica
cada vez mais clara a tentativa desesperada da oposição ao prefeito Fábio tentar
colocar o hospital macrorregional como o paraíso na saúde da região e de fazer
um paralelo com a saúde mantida pelo município.
Os
inúmeros casos de pacientes oriundos da rede municipal de saúde, que passam
vários dias numa peregrinação desumana em busca de regulação no hospital
estadual, jogam por terra qualquer tentativa de fazê-lo referência na região e de
receber os aplausos da população caxiense que ele poderia ter.
Ah! Já
os pacientes de Matões, são atendidos no macrorregional sem nenhuma
dificuldade, sendo que até para unha encravada de um matoense é mobilizado todo
o corpo clinico daquele Hospital.
Muito bom ir. Nelzir. Parabéns,vereadora. Não se pode falar cortando o momento do outro principalmente para denegrir a imagem alheia. Tem muito é trabalar senão perde o próximo pleito.