Por
Wybson Carvalho
Neste
mês de março, precisamente no dia 14, algo de melhor que há no Brasil
aniversaria: a Poesia. "A poesia é a
arte da linguagem humana, do gênero lírico, que expressa sentimento através do
ritmo e da palavra cantada. Seus fins estéticos transformaram a forma usual da
fala em recursos formais, através das rimas cadenciadas. A poesia faz adoração
a alguém ou a algo, mas pode ser contextualizada dentro do gênero satírico
também. Há três expressões de poesias: as existenciais, que retratam as
experiências de vida, a morte, as angústias, a velhice e a solidão; as líricas,
que trazem as emoções do autor; e a social, trazendo como temática principal as
questões sociais e políticas".
Mas, eminentemente, a poesia é arte e exercício humano/espiritual. Quanto ao questionamento conceitual sobre esse contexto, temos a certeza: Bertoldo Breath se fosse questionado por alguém a respeito do conceito de o quê é a poesia, certamente o questionador já obteria sua resposta - "poesia é o próprio homem/trabalhador e, em realidade, há homens que trabalham anos e anos; esses são considerados bons / há homens que trabalham anos e anos; esses são considerados muito bons / e há homens que trabalham sempre; esses são imprescindíveis...".
Mas, eminentemente, a poesia é arte e exercício humano/espiritual. Quanto ao questionamento conceitual sobre esse contexto, temos a certeza: Bertoldo Breath se fosse questionado por alguém a respeito do conceito de o quê é a poesia, certamente o questionador já obteria sua resposta - "poesia é o próprio homem/trabalhador e, em realidade, há homens que trabalham anos e anos; esses são considerados bons / há homens que trabalham anos e anos; esses são considerados muito bons / e há homens que trabalham sempre; esses são imprescindíveis...".
Portanto,
a poesia é um produto do esforço psicofísico humano. O mesmo questionamento,
feito a Henfil, é claro, também, ele já nos responderia: - "poesia é arvore de vida e, em realidade, se dela não houver
frutos, valerá o perfume e a beleza das flores; se dela não houver flores,
valerá a sombra e o abrigo das folhas; e, se, dela não houver frutos, flores e
folhas, valeu a intenção da semente...". Embora a poesia, é claro,
também, produto natural do esforçado cio da terra.
Mas, ser poeta é ser o quê?
Segundo
o sábio professor, poeta e jornalista maranhense, Alberico Carneiro, se é
atualíssima, ainda hoje, a teoria de Aristóteles sobre a arte da poesia ou da
poética, apresentando-a como imitação, transformação ou mutação da realidade
vista por outro ângulo, o poeta é uma espécie de mago, feiticeiro, bruxo ou
encantador. Desse ponto de vista, ele, o poeta, pode transfigurar a linguagem
da semântica, isto é: fazer com que as palavras, à maneira dos camaleões,
passem por um processo mimético ou do mimetismo. E, assim, como camaleão, que,
para preservar-se dos predadores mais perigosos, adapta à coloração da pele à
cor do ambiente, para fingir e confundir-se com a paisagem, também o poeta faz
com que as palavras imitem a realidade, procurando inseri-las no contexto
semântico que corresponda à contemporaneidade.
O
poeta português Fernando Pessoa traduz esse paradoxo ou ambigüidade
aristotélica sobre o ato da imitação à realidade: - "o poeta é um fingidor/finge tão completamente/ que chega a fingir
que é dor/ a dor que deveras sente". Já o poeta ludovicense, Nauro
Machado, outro ser humano-cultural incompreendido em seu tempo, se confessa e,
portanto, explica: - "a dor de ser
poeta/ do ser fatal/ a dor de ser feroz/ é instante só/ mas que no ser demora e
dura e fere/ para que mais doa". Já o conterrâneo e poeta-camaleão,
Salgado Maranhão, se faz poetar nas coisas: - "As coisas querem vazar o poema/em sua crosta de enredos, as
coisas querem habitar o poema/para serem brinquedos. Chove nas fibras de alguma
essência secreta e o poema rasga a arquitetura do poeta"...!
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