Foram expedidos na tarde desta
quarta-feira (30), pelo Juiz José Gonçalo de Sousa Filho, da 1ª Vara Criminal
da Capital, os mandados de prisão temporária dos sócios proprietários da
Empresa de relacionamentoSudbook - Serviços On line do Brasil
Ltda. – EPP.
Os pedidos foram feitos após
conclusão do inquérito policial que investigou o golpe aplicado
em São Luís e em outros Estados. Na decisão do Poder Judiciário
constam outras medidas cautelares de caráter sigiloso, frutos de investigações
policiais.
Os trabalhos da Polícia Judiciária
constaram que a empresa possuía pelo menos três proprietários. O principal
autor do crime foi identificado como Anacleuton Holanda Dias, 28 anos,
conhecido por “Feinho”, natural de Imperatriz. Os mandados de prisão também
foram expedidos para mais dois integrantes da quadrilha.
O delegado Paulo Aguiar, titular
da Delegacia de Defraudações, disse que o crime chega a mais de R$ 20 milhões. “Até
o momento temos mais de 300 ocorrências registradas de pessoas que foram
vítimas dessa quadrilha de estelionatários” disse. A empresa ludibriava
as vítimas a investirem, por meio da rede social, na bolsa de valores,
prometendo dobrar o valor investido depois de determinado tempo, o que não
ocorreu.
Segundo o delegado, levantamento
inicial, os autores conseguiram arrecadar, com investidores de São Luis e
outros estados, cerca de R$ 20 milhões e fugiram da cidade. Paulo Aguiar
destacou que as investigações tiveram início logo que começaram a aparecer às
denúncias de que eles haviam fugido depois de darem o golpe em pessoas que
haviam investido no negócio. “Eles passaram uns 8 meses promovendo palestras e
encontros, de modo a ludibriarem as pessoas a entrarem no falso negócio,
alegando que a Sudbook Serviços On Line eram uma
organização mundial”.
Durante as negociações, eles
convenciam os cidadãos de que a rede de relacionamento possuía milhares de
usuários, estando à maioria situada na China, afirmando, ainda que a empresa
internacional Dell era proprietária de 3% das ações da empresa.
Segundo as vítimas, o lucro mensal prometido era de 40% a 80% de acordo com o
valor e o tempo de investimento.
Como o golpe era aplicado:
O golpe foi detectado no dia 9 de
janeiro, depois que um grupo de investidores invadiu a sede e constatou que o
imóvel estava vazio. Desde então, eles não conseguiram mais contato com os
responsáveis pelo negócio.
Os investigados ofereciam às
pessoas físicas parte de ações de uma empresa denominada Sudbook Serviços On
Line do Brasil Ltda. – EPP. A princípio, eles se apresentavam aos clientes como
uma rede social semelhante ao mundialmente conhecido Facebook. Antes da
legalização da empresa, ocorrida em 13 de novembro de 2013, os indiciados
usavam a Empresa Ancleuton Holanda Dias – ME portadora do CNPJ
11.603.814/0001-37, domiciliada em Bréu Branco, no Pará.
As investigações detectaram que,
em nome desta empresa, diversos cheques sem provisão de fundos foram entregues
às vítimas, como forma de pagamento aos supostos investimentos feitos
pela Sudbook.
O bando promovia palestras, as
quais eles denominavam de “confraternizações”,
em que convenciam suas vítimas, intituladas “investidores”, a entregar valores que variavam de R$ 3 mil a R$ 210
mil, com a promessa de que esse dinheiro seria investido na Bolsa de Valores e
que gerariam lucros significativos aos aplicadores.
mto bom o blog