Durval Júnior
foi ‘escoltado’ pelos
sindicalistas
desde o corredor da Câmara
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Conforme o blog previu no início da tarde, professores e
membros do Sintrap compareceram no começo da noite desta quarta-feira, 26, no
prédio do legislativo no intuito de utilizarem o microfone durante a sessão
ordinária para apresentarem suas reivindicações junto aos vereadores.
Um ofício do Sindicato, encaminhado previamente para todos
os parlamentares, fazia o pedido para que os mesmos pudessem utilizar o
microfone na Casa do Povo.
Acuado, Durval
Júnior disse aos sindicalistas que
os mesmos
deveriam cobrar era do prefeito
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Com receio de que os membros do Sintrap fizessem outra
manifestação igual àquela realizada na segunda-feira, 24, a maioria dos
vereadores não compareceu na sessão desta quarta-feira, o que acabou
inviabilizando a realização dos trabalhos por falta de quorum.
Irritados, imediatamente os sindicalistas dirigiram-se à
porta da Câmara e, novamente, fizeram fortes discursos contra o parlamento. Não
teve “colher de chá” nem para a oposição, pois, segundo os sindicalistas, “não
existe oposição na Câmara”.
Revezando-se no microfone, a tônica dos discursos do
Sindicato dos Professores era um só: bater forte nos edis e no governo Léo
Coutinho.
O vereador Durval Júnior foi o primeiro a deixar o prédio do
legislativo e, infelizmente, foi o que recebeu os ataques mais duros dos
manifestantes.
Nos discursos,
membros do Sintrap acusaram
o legislativo
caxiense de estar
“embaixo do
suvaco do prefeito”.
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Sendo acompanhado pelos sindicalistas desde o corredor do
prédio até a porta que dá acesso a rua, Durval Júnior ainda ensaiou um diálogo
com os manifestantes, mas, ao botar os pés fora do Parlamento, o carro de som
do Sintrap abafava qualquer tentativa de reação. Durval ainda chegou a dizer
aos professores que eles deveriam cobrar daquele jeito era do prefeito, e não
dos vereadores. Como resposta, os sindicalistas não pouparam criticas ao
parlamentar.
No alto da indignação do Sintrap, o poder legislativo foi
acusado de estar “embaixo do suvaco do prefeito”.
“Oposição? Aqui não existe oposição”, disparou uma das
manifestantes no momento que os oposicionistas deixavam o prédio.
Já o governista Ronaldo Chaves, teve a infeliz ideia de parar
por alguns segundos para ouvir o que os manifestantes falavam. O vereador teve
que ouvir dos sindicalistas que era fornecedor da Prefeitura. “Esse
Ronaldo Chaves fornece pra Prefeitura através de seu pai, que entrega carne de
3ª por R$ 12 reais”, acusava uma manifestante apontando para o vereador
que limitava-se a dizer que ela teria que provar a acusação.
O pai do vereador Ronaldo Chaves faleceu em 2007 e, até onde
se saiba, nunca foi fornecedor da Prefeitura de Caxias. Seu tio, empresário
Airton Chaves, é que há mais de 20 anos fornece carnes e frangos ao Executivo
caxiense nos governos desse período.
Compareceram na sessão de hoje na Câmara os vereadores
Ronaldo Chaves, Durval Júnior, Luis Lacerda, Benvinda Almeida, Taniery
Cantalice, Genival Motopeças, Fábio Gentil e Luis Carlos Ximenes.
Acho que a manifestante se equivocou, quando afirmou que o pai do vereador Ronaldo Chaves fornece carne de 3ª ao executivo. Mas por causa disso não vou lhe chamar de santo.