O prefeito de Caxias entrou com 12 processos contra jornalista. O
motivo das ações é denúncias referentes a licitação de publicidade que o
próprio Ministério Público pede anulação por conta das irregularidades
O Brasil ainda é considerado um dos países mais perigosos
para se exercer a função de jornalista. São pessoas que costumam utilizar toda
sua influencia e dinheiro para perseguir a quem ousa ir contra seus interesses.
No pior dos casos ocorre o que aconteceu com o jornalista Décio Sá, assassinato.
A liberdade de expressão costuma ser ameaçada por políticos,
que deveriam defender a democracia. Desta vez o jornalista Cláudio Sabá,
titular do “blog do Sabá” é quem esta sendo vítima da tentativa de censura. O prefeito
de Caxias, Léo Coutinho moveu 12 processos contra o referido.
Em todos os processos um único motivo: o gestor alega que o
jornalista com mais de 20 anos de carreira o acusou de fraude e de desviar e
aplicar indevidamente dinheiro público. O que o jornalista fez, porém foi
denúncias referentes a licitação de publicidade realizada por Léo Coutinho em
2013. Trata-se do processo licitatório da Concorrência 005/2013.
Os erros do edital deixavam margem para a interpretação do
real valor do certame. O Ministério Público confirmou que havia erro quanto ao
valor correto da Concorrência de publicidade. Uma série de irregularidades
referentes à licitação foi tornada publicas pelo jornalista, como:
A realização de eventos festivos, que são proibidos pela Lei
Federal 12.232, que regulamenta licitações de publicidade. O que motivou o MP a
notificar o prefeito pedindo a anulação da referida licitação. E também o
voto dos membros da subcomissão técnica de licitação, que não estavam
individualizados, como manda a Lei 12.232. Por conta disso o MP ajuizou ação de
improbidade administrativa e requereu na justiça a anulação da licitação.
Além das 12 ações movidas pelo prefeito, um fato curioso
chama a atenção: Léo Coutinho utiliza como testemunha contra o
jornalista, Vinicius Machado, procurador do município e Alexandre Pereira,
presidente da CPL da cidade. Ou seja, as testemunhas contra o comunicador são
duas pessoas que exercem cargo de confiança, podem ser demitidos por Coutinho
quando este quiser.
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