Do blog do Roberto Kenard
A oposição maranhense insiste na conversa de que o
ex-prefeito de São José de Ribamar, Luís Fernando (PMDB), é um candidato
frágil. Trata-se de mais uma das auto-ilusões com que vem fazendo política por
todos esses anos.
A ideia de fragilidade do adversário tem construído, desde
2012, por exemplo, estratégias equivocadas. Uma delas: publicar pesquisas a
dois anos, um ano das eleições com números estratosféricos favoráveis a Flávio
Dino (PCdoB). Por conta do tempo, esses números estão longe de representar a realidade
eleitoral e em 2014, quando todas as candidaturas estarão postas. Resultado
fatal: parecerá que Dino está despencando nas pesquisas, o que afasta
eleitores, apoios políticos e doações de campanha.
Mudança
Até aqui o discurso de Flávio Dino segue o mesmo bordão, o
da mudança. Creio que em 2014 o bordão estará puído. Explico. Dificilmente os
adversários deixarão de mostrar que o discurso não casa com a prática política.
Para ganhar gordura política, Dino vem se juntado a políticos com larga e obscura
folha corrida.
Além do mais, foi o grande fiador da candidatura de Edivaldo
Holanda Júnior (PTC) a prefeito de São Luís. Eleito, Júnior ainda não conseguiu
administrar São Luís, até o feijão-com-arroz é insosso. E Edivaldo Holanda
Júnior foi apresentado como, na campanha de 2012? Como a mudança, a mudança de
2012 que se estenderia até 2014. Impossível não ver aí um tremendo desgaste
para Flávio Dino.
Isso para não falar na companhia de históricos do sarneísmo,
como o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) e o deputado estadual Raimundo
Cutrim (PCdoB). Além da grande pedra no sapato, o empresário Dedé Macedo, que
na roda de políticos é tido como agiota com negócios nas prefeituras comandadas
por vários prefeitos oposicionistas diretamente ligados ao comunista.
Tudo isso deveria ser motivo de reflexão na oposição ligada
a Flávio Dino. Por lá, porém, o discurso beira o ufanismo. Flávio Dino é
apresentado como uma potência e o principal adversário político como sendo uma
fragilidade.
A cegueira e a soberba costumam cobrar um preço muito alto.
Aguardemos 2014.
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