A partir de 2018, elas poderão usufruir de subsídios como
financiamentos do Fundo
Constitucional do Nordeste (FNE) entre outros
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As cidades maranhenses de Araioses e Timon
foram incorporadas à região do semiárido, nesta quinta-feira, durante a XXII
Reunião do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel), em Fortaleza. A partir de
2018, elas poderão usufruir de subsídios como financiamentos do Fundo
Constitucional do Nordeste (FNE) entre outros. A inclusão das cidades, que
estão na área de atuação da Sudene – Superintendência do Desenvolvimento do
Nordeste – foi amplamente discutida na Federação das Indústrias do Estado do
Maranhão (FIEMA), em uma iniciativa do Conselho Temático de Política Industrial
e Desenvolvimento Tecnológico da entidade, o COPIN, junto à órgãos do governo
federal e estadual.
“Consideramos uma grande vitória para o nosso
estado e para estas cidades essa inclusão no semiárido. Sabemos que vários
municípios maranhenses possuem essas características e agora poderão usufruir
de benefícios”, destacou o presidente da FIEMA, Edilson Baldez
das Neves. Inicialmente, o pleito maranhense junto à Sudene era para a
incorporação de oito (8) cidades. “Continuaremos a atuar em parceria com a
Sudene, governo estadual, federal, a fim de dinamizar projetos e ações que
possam fomentar a economia do Nordeste”.
Além de financiamentos do FNE, outros
benefícios como o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF),
com linhas de financiamento com taxas a 1% ao ano, faz parte dos subsídios das
cidades que estão no semiárido. “Estes subsídios são instrumentos que podem
impulsionar o desenvolvimento econômico dessas regiões”, disse o
presidente do COPIN e diretor da FIEMA, Luiz Fernando Renner, que também é
membro titular do Condel, na condição de representante da Confederação Nacional
da Indústria (CNI).
Segundo a Sudene, a inclusão se deu a partir
de levantamento técnico produzido por grupo de trabalho interministerial, do
qual o Ministério da Integração e a Superintendência fizeram parte. O órgão
esclareceu, ainda, que a decisão considerou como critérios o percentual diário
de déficit hídrico e índices pluviométrico e de aridez.
PLEITO – O tema
esteve em pauta na Casa da Indústria Albano Franco, inclusive em ações recentes
da FIEMA, como o Roadshow Investimento e Desenvolvimento do Nordeste, realizado
em parceria com a Sudene, e Associação Nordeste Forte – formada pelas nove
Federações das Indústrias da Região Nordeste, no início de novembro. O encontro
ocorreu na Federação como parte da programação da Expo Indústria Maranhão e
reuniu diversos empresários maranhenses de empresas industriais dos mais
diversos portes e setores.
ESTUDO – Em maio, a
FIEMA trouxe ao Maranhão, o engenheiro agrônomo, doutor e pós-doutor em
Economia Rural, dos Recursos Naturais e do Meio Ambiente, professor e
coordenador do Laboratório do Semiárido (LabSar) da Universidade Federal do
Ceará (UFCE), José de Jesus Sousa Lemos, que tem um amplo estudo na área do
semiárido.
A pesquisa trabalha com dados do Censo
Demográfico do IBGE de 2010 e os PIB dos municípios publicados pelo IBGE em
2009, levando em consideração os indicadores de exclusão de educação, renda,
água, saneamento e coleta de lixo. Os resultados do estudo apresentados na
FIEMA apontam que pelo menos quinze (15) municípios maranhenses têm índices
(comprovados em série histórica) de aridez compatíveis com o que as Nações
Unidas classificam como semiárido.
(MA 10)
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