Por
Jorge Bastiani

Quando
elas o beneficiam, explodem nos jornais; em outros casos são capciosamente
escondidas das redes de notícias, para que o eleitor não saiba que o pretenso
candidato arde no fogo das pesquisas, como se rumasse ao inferno. Essa tática
tenta manipular a verdade, acreditando o pretenso candidato que com isso pode mudar
o voto do eleitor.
Esse
candidato esquece que durante o período em que esteve no comando do governo fez
os maiores absurdos em detrimento do bem comum, esquecendo-se de que fora
eleito para isso. Aqui, acolá, fazia uma festa na rua para que o povo gastasse
a sua energia e esquecesse o cotidiano nefasto que a cidade vivia (e vive!).
Mas não dá para esquecer os mortos pela falta de saúde, não dá para esquecer as
crianças voltando cedo da escola, para casa, porque não tem merenda escolar!
Não dá para esquecer a falta d’água constante! Não dá para esquecer os buracos
profundos, nas ruas, que fazem dos habitantes eternos atletas de saltos à
distância e pacientes constantes das filas intermináveis dos hospitais! - Não
dá para esquecer que o povo tem sentimentos!...
E esse
candidato continua fazendo suas pesquisas, pagas a peso de ouro com o dinheiro
público, contratando marqueteiros que têm a capacidade de manipular as
informações para, mais uma vez, enganar o povo; passar mais uma temporada no
governo, aumentar o seu patrimônio, de seus parentes e chegados.
Mas,
apesar da maciça e atropelante propaganda que fazem sobre a população, resta a
esperança de que apareçam pessoas e propostas melhores que possam enterrar esse
cancro e fazer brotar a semente do bem comum.
A gestação do monstro
oscar.quiroga@estadao.com.br
Não é tarde demais para procurar um novo mundo, o desânimo resultante da opressão da incompetência mascarada de populismo não deve arraigar-se em teu coração. Estamos todos enfraquecidos por termos deixado passar tempo demais sem reagir, ocupados que parecíamos estar em preservar o mínimo de decência para nossos filhos. Contudo, pessoas normais submetidas à opressão e ao abuso se transformam em monstros ao longo do tempo. Sim, está em gestação uma sombra monstruosa do tamanho da opressão, pois o heroísmo de termos sustentado nossas vidas decentes enquanto nos cuspiam acusando-nos de relapsos se transformou, aos poucos, na monstruosidade que comprova que amar os inimigos não significa deixar de exterminá-los.