Depois de aberta pelo governador Flávio Dino, a
Feira de Agricultura Familiar e Agrotecnologia do Maranhão (Agritec) prosseguiu
com sua extensa programação de oficinas, cursos, exposições, vitrines
tecnológicas cumprindo um de seus objetivos que é ofertar conhecimentos e
possibilitar a troca de experiências entre agricultores dos 29 municípios, que
fazem parte da Baixada Maranhense.
“Os governos passam e o que fica de um evento
como esse é o conhecimento. Esse é o grande legado que ficará para o agricultor
que participa da Agritec”, ressaltou o secretário de Agricultura
Familiar, Adelmo Soares.
Além de ser um ambiente para troca de conhecimentos
e aproximação do produtor com pesquisas e serviços, a feira é também um espaço
para comercialização de produtos dos agricultores da Baixada.
Mais de 600 agricultores participaram do primeiro
dia da Agritec, que prossegue até sábado (29), na Fazenda Escola da UEMA, em
São Bento. Cerca de mil pessoas já passaram pelos 14 estandes montados na
feira, no primeiro dia do evento.
“Quilombos
do Brasil”
Durante a tarde, o Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA), ministrou palestra sobre o selo “Quilombos do Brasil”, que foi
concedido, na cerimônia de abertura do evento, para duas comunidades
quilombolas da Baixada.
"O Selo é um importante passo para fortalecer
a identificação cultural e comercial dos produtos de agricultura familiar
produzidos em comunidades quilombolas. Cerca de 80% das comunidades quilombolas
no Brasil são rurais e vivem da produção agrícola. É necessário reforçar a
identidade cultural desse agricultor", frisou o palestrante Quêner
Chaves dos Santos, coordenador de Políticas para Comunidades Quilombolas, do
MDA.
No Maranhão, segundo dados do MDA, comunidades de
12 municípios maranhenses receberão o Selo. Em todo o estado, existem 451
comunidades quilombolas, o segundo maior número do país, ficando atrás apenas
da Bahia.
A Agritec recebeu apenas no primeiro dia 26
caravanas de municípios da Baixada Maranhense, de estudantes e de entidades dos
movimentos sociais, como Associação das Comunidades Negras Rurais e Quilombolas
do Maranhão (Aconeruq), Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do
Maranhão (Fetaema), Movimento do Sem Terra (MST) e Movimento das Quebradeiras
de Coco Babaçu (MIQCB); Alunos de várias escolas visitaram o espaço neste
primeiro dia.
O secretário Adelmo Soares também ressaltou a
participação dos movimentos sociais na Agritec: “A presença de entidades dos
movimentos sociais aqui é coisa que não tínhamos antes”.
Serviços
Além de palestras, oficinas e cursos, os
agricultores podem contar com os serviços de orientação ao empreendedor do
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), crédito
bancário, oferecidos pelos bancos do Brasil, Nordeste e da Amazônia, e conhecer
os programas do Estado voltados para o produtor, visitando o estande do Governo
do Estado “Espaço de Todos”.
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