Humberto procura um "porto seguro" para o sobrinho
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O presidente da Assembleia Legislativa,
Humberto Coutinho, está tomando distância do PSB, agremiação em que sua esposa,
Cleide Coutinho, foi eleita deputada em 2010 e o sobrinho, Leonardo, prefeito
de Caxias (2012).
Com o período para filiação partidária
chegando ao fim (até o dia 9 de outubro próximo), muitos postulantes a cargos
eletivos buscam agremiações que possam lhes garantir segurança.
E é em busca de segurança que o prefeito de
Caxias, Léo Coutinho, estaria desembarcando de mala e cuia no Partido
Democrático Trabalhista – PDT. Sua filiação poderá acontecer nesta sexta-feira
em evento da sigla na capital.
Fazendo parte do arco de alianças que elegeu
o governador Flávio Dino, o PSB hoje já não é visto como o “primeiro” parceiro
do governo do PC do B.
As recentes movimentações do senador Roberto
Rocha, e do deputado José Reinaldo Tavares, tem provocado a ira dos atuais
ocupantes do Palácio dos Leões, que por diversas vezes já acionaram seus cães
de guarda na mídia numa artilharia baixa e rasteira contra os caciques do PSB.
Nas últimas semanas, correligionários de
Humberto Coutinho o procuraram em busca de um porto seguro visando a disputa de
2016. Quando era cogitado uma filiação ao PSB, o presidente da AL era curto e
grosso: “O PSB, não”, respondia ele sem ao menos deixar o interlocutor
estender a conversa em busca de uma explicação ou mesmo uma pista sobre a
ríspida resposta.
A ida do sobrinho para o PDT é um sinal
inequívoco de que Humberto Coutinho está cada vez mais próximo do governador
Flávio Dino, onde uma permanência no ninho comandado por Roberto Rocha e José
Reinaldo Tavares poderia provocar dissabores no seu obsessivo desejo de ser
eleito senador em 2018.
Por sua vez, Léo Coutinho pouco ou nada fez
na mudança de sigla caso ela aconteça como já foi divulgada em blogs regionais.
Na família, é do presidente da AL toda e qualquer movimentação nesse sentido.
Ao sobrinho cabe apenas seguir o protocolo.
O prefeito de São Luis, Edivaldo Holanda
Júnior, e o de São José de Ribamar, Gil Cutrim, também irão assinar a ficha de
filiação no PDT no mesmo evento que o colega de Caxias.
Aos poucos o PDT de Jackson Lago vai perdendo
suas referências históricas, onde somente o ex-prefeito de Timon, Chico Leitoa,
e o ex-deputado federal, Julião Amin, ainda possuem voz na sigla.
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