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Imagem ilustrativa
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Você entraria num negócio onde além de ter de pagar R$ 66 mil reais de
luva (entrada), disponibilizar entre 4 e 5 mil reais de aluguel todos os meses,
reservar 2% do seu faturamento bruto para a direção e pagar também uma taxa de condomínio
ainda indefinida para cobrir os custos com propaganda, água, energia e outros
encargos e no final das contas ainda disponibilizar seu livro caixa para ser periciado
pela auditoria do empreendimento que você nem é o dono? Pois é! O Shopping Caxias, idealizado pelo
pai do prefeito do município, empresário Eugênio Coutinho e pelo empresário
piauiense Valdeci Cavalcanti é tudo isso que você acabou de ler.
E não pense que todo esse dinheiro envolvido num negócio que não é seu é
por um espaço físico considerável. São apenas 40m2 disponíveis em
cada loja que o empresário caxiense que tiver coragem de se lançar nessa
empreitada vai ter direito.
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Empresário
caxiense não demonstra
´interesse´
em participar do negócio
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No vídeo produzido pelo empreendimento e na reportagem da TV Difusora
Caxias, de propriedade do prefeito Léo Coutinho, até parece que não estamos em
Caxias tamanha é a magnitude que retratam a nossa economia.
Conversei com alguns empresários e corretores imobiliários da cidade.
Todos foram unânimes em afirmar que os proprietários do Shopping estão pensando
que Caxias é a nova Dubai brasileira tamanha é a pretensão deles em acreditar
que o empresariado local vá investir num negócio onde irão desembolsar uma
fortuna e ainda não serão donos. “E o pior é que ainda teríamos que ser é
sócios da família Coutinho, pois além da fortuna com aluguel e taxa de condomínio,
anda existe essa taxa de 2% do faturamento bruto”, diz um empresário
local que não quis ser identificado.
“Eles
falam que fizeram pesquisa de mercado, mas pelo visto essa pesquisa está
totalmente errada, pois o empresariado local não suporta valores tão altos para
manter uma loja de 40m2 onde não sabemos se o Shopping vai dar certo”, salienta um
experiente empresário caxiense que estava empolgado com o projeto, mas desistiu
depois de ver os valores astronômicos do negócio.
A Câmara dos Dirigentes Lojistas – CDL/Caxias, que também chegou a ficar
animada com um shopping na cidade, parece que não tem mais tantos motivos para
alegria. É que nas conversas preliminares quando da construção do
empreendimento, a CDL foi cogitada como sendo uma forte parceira e que a
entidade iria coordenar as vendas, tudo no intuito de prestigiar o comércio
local. Ledo engano! A comercialização está sendo feita por um argentino e por
um baiano que pouco ou nada conhecem da realidade da economia caxiense.
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Felicidade tem nome: Empresário
Eugênio Coutinho ao lado de Veldeci Cavalcanti,
do vice-governador do
Piauí, José Filho e do presidente do
Comercial Carvalho,
Reginaldo Carvalho |
Na primeira semana de lançamento de um empreendimento como esse, o
normal seria a venda de aproximadamente 50% das lojas disponíveis. Passados 20
dias do lançamento, informações de bastidores estimam que esse número não teria
chegado a 10%.
Todos os comerciantes e corretores que visitei para produzir esta
postagem fizeram suas considerações sobre o assunto na condição do anonimato,
pois temem represálias do grupo dominante.
Mas se o medo do empresariado local existe, na classe política ele é bem
menor.
Coube ao vereador Catulé, que também é presidente da Associação
Comercial, Industrial e Agrícola de Caxias, abordar na tribuna da Casa do Povo
as incongruências do mega empreendimento da família Coutinho.
Para o vereador, o comércio local está sofrendo com a demissão em massa
proporcionada pelo atual governo e os sintomas disso estão por toda a cidade.
“O
Comercial Carvalho já fechou a sua unidade no bairro Ponte e os funcionários
das outras filiais existentes na cidade me reclamaram que já começaram a receber
seus salários com atraso de vários dias, o que nunca aconteceu em todos esses
anos de atividade em nossa terra”, revelou Catulé que estranha ainda o fato do
prefeito ser “garoto-propaganda” do negócio. “O prefeito, esse menino mimado,
fala na TV como se o shopping fosse uma obra pública, pois é o que parece
quando ele fala do empreendimento”.
Apogeu e queda
É fato que os comerciantes de Caxias viveram um período de tranqüilidade
e até conseguiram aumentar seus empreendimentos durante os 8 anos de governo de
Humberto Coutinho. O motivo desse sensível crescimento econômico deu-se por
conta da regularidade do pagamento do funcionalismo público municipal, que pelo
menos nos 20 anos anteriores viveram momentos de turbulências e incertezas em
relação ao recebimento de seus vencimentos. Com essa certeza no pagamento,
muitos comerciantes puderam programar seus negócios e estipular investimentos a
médio e longo prazo.
O atual prefeito continua pagando em dia os salários, mas, segundo o
vereador Catulé, a demissão de 2000 (dois mil) servidores do município neste
ano penalizou, além dos demitidos, “todo o comércio da cidade”.
A fuga do dinheiro de
Caxias
É comum o caxiense fazer compras em Teresina. Quem possui carro próprio
não perde um momento de folga para passear na capital piauiense, curtir o
centro daquela cidade ou dar uma “esticadinha” nos seus shoppings centers.
Mas existem alguns contratempos na ida dos caxienses até Teresina fazer
compras: Geralmente essa viagem é feita a noite, onde muitos tomam um chopp e o
cansaço da volta torna-se um incômodo a mais na curta e perigosa viagem.
Os mais incautos, e principalmente aqueles empolgados pela propaganda
positiva que os empreendedores do Shopping Caxias estão fazendo ao vender o projeto
como “uma conquista para nossa cidade”,
ficam com a auto-estima elevada pela suposta conquista alcançada pelos
empresários tupiniquins. Outro ledo engano.
Poucos, pouquíssimos empresários caxienses irão “pagar para trabalhar” no tal Shopping Caxias. Nossos empresários
não suportam uma carga de despesas e encargos dessa magnitude como os que estão
sendo praticados.
Os empresários dos shoppings de Teresina, por medo de perderem os clientes
de Caxias que ficarão aqui mesmo por medo de enfrentarem a incômoda viagem que
falei acima, certamente irão investir no Shopping coutinhiano.
Quem ganha e quem
perde?
Bem, com o Shopping Caxias, provavelmente não teremos mais o mesmo fluxo
de caxienses indo até Teresina gastar seu dinheiro. Irão freqüentar o
empreendimento local e poderão deixar esses recursos aqui na cidade, não é
mesmo? Não amigo, isso não existe.
Com a quase totalidade dos lojistas de fora de Caxias nas lojas do
empreendimento da família do prefeito, teremos a inversão dos papéis: o
caxiense não irá até Teresina deixar seu dinheiro para os empresários
piauienses, serão eles que virão até aqui buscá-lo.
Os comerciantes e empresários da região central da cidade irão perder
com certeza com o tal Shopping Caxias.
Mas não se preocupem,
não serão somente os piauienses que irão lucrar no empreendimento. A família
Coutinho é sócia do Shopping.
é rapaz essas palavras de catulé me soam como um despeito quantas e quantas vezes vi esse homem elogiando a família coutinho agora como não mama mais na viúva caxiense fica ai querendo botar água no shopp do povo é catulé você está mesmo acabado cara sai da frente te espelha no paulo marinho viu que não dava mais para ele deixou o legado para seu filho, catulé júnior sim tem idéias promissoras e respeitosa para o povo sabe andar com suas próprias pernas caxias está precisando de gente nova mais sem essas raposas velhas por trás, Léo Coutinho, Paulo Marinho Júnior, Catulé Junior, Fernando Chaves e outros nomes que ai temos poderia dar uma nova sustentação para nosso município, mais as velhas raposas tem que se afastarem.