Anderson Pacheco / foto: Biaman Prado |
O advogado Anderson Costa Pacheco
deu entrada em requerimento ontem na seccional maranhense da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) com pedido ao presidente Mário Macieira para que a
Comissão de Direitos Humanos da instituição investigue a atuação do grupo Infinity
Bio-Energy, que doou em 2010 R$ 500 mil à campanha eleitoral de Flávio Dino
(PCdoB).
Anderson Pacheco afirmou que,
assim como a Assembleia Legislativa, a OAB precisa apurar o caso e dar uma
resposta à sociedade. Ele afirmou que a maior preocupação está em um dado
divulgado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), que mostra que o mesmo grupo
que beneficiou Dino é o responsável por submeter maranhenses em maior escala à
situação análoga ao trabalho escravo. Somente entre os anos de 2009 e 2010 o
grupo escravizou 120 maranhenses.
“Chamou atenção o fato de o deputado Roberto
Costa (PMDB) ter levado à Assembleia denúncia de que aquela empresa explora o
trabalho escravo no país, principalmente no Maranhão. Diante dessa informação,
a OAB tem por dever social, já que trata-se de uma instituição de respaldo e
credibilidade perante a sociedade, de prestar apoio a esses maranhenses”, completou.
Anderson Pacheco propôs que a
instituição atue de forma independente no caso, mas acredita que a OAB também
pode se juntar à Assembleia Legislativa, que instalou uma Comissão Especial
para realizar as investigações. “O importante é que os órgãos prestem apoio
aos maranhenses e deem uma resposta à população”, enfatizou.
Flávio Dino teve parte de sua
campanha política de 2010 financiada pela empresa Alcana Destilatia de Alcool,
em R$ 500 mil. A empresa faz parte do grupo Infinity Bio-Energy, acusado de
explorar o trabalho escravo.
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