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Ruínas da Balaiada:
proteção do local também está em ruínas
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Quer visitar
um pouco da história ou da cultura de Caxias?! Vá no google, página de buscas
na internet, que pode ser o local mais apropriado para encontrar imagens de
prédios, monumentos, casarões ou construções que marcaram o passado da princesa
do sertão.
Maior
patrimônio histórico de Caxias, as ruínas do forte que foi palco da guerra da Balaiada,
não tem suas imediações protegidas contra a ação do homem e nem de vândalos.
Qualquer
um pode se encostar nas paredes das ruínas da Balaiada, fazer fotos ou até mesmo
levar um pedaço da antiga construção para casa que ninguém vai lhe incomodar,
pois não existem seguranças no local ou nenhuma barreira de proteção contra a
ação até mesmo de pessoas que queiram usar o espaço para consumo de drogas.
Uma
cerca de madeira, que hipoteticamente delimitaria a área que o visitante pode
chegar, está praticamente destruída e é um convite para que se entre no
interior das ruínas.
Até mesmo ensaio fotográficos são feitos regularmente ali.
Feita
ainda na gestão do prefeito Aluizio Lobo, na década de 1970, a cerca de madeira
é a última intervenção pública nesse importante patrimônio histórico caxiense.
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Altar do Cristo
Redentor está com sua base
comprometida e pode desabar
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Em
visita a museus ou a muitos prédios históricos, é proibido aos visitantes
tocarem nas paredes ou mesmo fazer fotos da área para que a luminosidade dos
flashes não comprometa a integridade dos objetos. Na gruta de Ubajara, no estado do
Ceará, uma caverna milenar, os guias avisam aos visitantes que não toquem nas suas
paredes, pois o óleo presente nas mãos do homem escurece a área tocada.
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Com sorte uma boa
visão, placa no altar
do Cristo pode ser lida
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O
altar, com uma réplica do Cristo Redentor em tamanho reduzido, localizado na
Praça Cândido Mendes, bem em frente a Igreja de Nossa Senhora da Conceição e São
José, mais conhecida como praça da Matriz, está com sua base comprometida e corre
o risco de desabar por falta de preservação do local.
De
1937, o monumento foi feito em comemoração do Congresso Eucarístico Sacerdotal
daquela época e foi construído pelo comércio e indústria de então. Duas placas
que estão afixadas na base do altar, mas que também sofrem com a falta de preservação,
pois durante várias trabalhos de pintura que receberam, tiveram sua leitura
comprometida pela tinta utilizada, contam a história do monumento.
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Estação ferroviária do
povoado Engenho d’água: só resta a
lembrança de quem viveu aquele tempo e de imagens
no google
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Outro
ponto histórico da cidade, a Estação Ferroviária, a maior do interior
maranhense, só não conheceu o abandono por conta de ter sido doada ao Instituto
Histórico e Geográfico de Caxias, que assumiu o prédio e, mesmo sem ajuda do
poder público, faz sua preservação.
Mesma
sorte não teve a Estação Ferroviária localizada no povoado Engenho D’água, que
só pode ser vista em poucos retratos disponíveis por caxienses saudosos de sua
história e pela busca de imagens no google, já que lá o abandono e a falta de
cultura dos moradores da região permitiu que suas paredes fossem ao chão e hoje
não exista nem resquício dos alicerces do prédio.
E
assim caminha a história de Caxias, com seu patrimônio sujeito ao esquecimento
e ao abandono do poder público.
Era a princesa do sertão, caro blogueiro. Hoje é terra dos coutinhos que só pensam em ficarem cada vez mais ricos, mais poderosos e que o povo se exploda.