Bem, o prefeito Léo Coutinho está apenas colhendo
o que plantou.
Todos se lembram quando da primeira reportagem que foi ao ar
pela TV Band/SP sobre as mortes de bebês na Maternidade Carmosina Coutinho.
Naquela oportunidade, Léo Coutinho, com sua inteligência
acima da média, protestou contra a emissora paulista pelo fato da matéria que
foi ao ar nacionalmente ter sido produzida pela afiliada local da Band.
Ele então não economizou nas
críticas contra o proprietário da Band/Caxias e, num lance de sabedoria como só
ele é capaz de protagonizar, enviou correspondência à Band/SP com suas
explicações e uma boa dose de deboche e ironia contra a empresa caxiense.
Finalizando a tal nota à Band/SP, Léo
Coutinho pediu que enviassem uma equipe isenta para apurar a veracidade das informações,
no que foi prontamente atendido.
Enviaram para Caxias o mais polêmico e
respeitado programa, o CQC - Custe o Que Custar, que teve uma passagem memorável
pelo município
Mais uma vez, Léo Coutinho e seus
correligionários de todos os preços e todos os tipos “desceram das tamancas”
protestando pela forma, segundo dita por eles, debochada, irresponsável,
inapropriada e de antijornalismo do programa.
O tempo passou, o assunto esfriou, mas o
choro das mães que perderam seus filhos, e continuam perdendo naquela unidade
de saúde, continuam praticamente todos os dias diante da falta de solução para
o problema.
Clamando pela presença de jornalistas sérios,
eis que o prefeito Léo Coutinho continua com as mesmas respostas de antes: os
números [de mortes] não são exatamente esses e a culpa, se é que ela existe,
deve-se a falta de ajuda do governo do estado na gestão passada.
Deve-se ressaltar a forma destrambelhada que
o prefeito dirigiu-se a repórter paulista, pois tão logo foi abordado pela
mesma, passou a fazer um discurso sobre a situação da Maternidade antes mesmo
de ser feita a primeira pergunta a ele.
Mas foi só o prefeito ouvir a primeira
pergunta para tirar o caráter sério da entrevista: perguntado sobre a veracidade das mortes
ocorridas naquela maternidade e alertado que agora ele é réu numa ação sobre o caso
para que Léo Coutinho mostrasse o quanto Léo Coutinho ele é.
Com respostas truncadas, o prefeito pediu à
repórter da Record que volte a Caxias em três meses quando ele acha que tudo
estará as mil maravilhas.
Vê-se aí uma grande contradição, pois se os
problemas não existem e os óbitos estão dentro dos números preconizados pela
OMS, então por que em 3 meses será encontrado outra realidade?!
Pelo jeito, muita água ainda vai rolar por
baixo dessa ponte até que a administração Léo Coutinho possa encontrar uma saída
para a grave situação enfrentada diariamente na Maternidade caxiense, palco de
tanta dor e sofrimento para milhares de famílias.
Eu fico imaginando o que essa repórter pensou, ao chega em Caxias e se deparar com duas afiliadas da Record.Pode isso Arnaldo?