Não apresentaram documentos relativos a contratos com a empresa
Amorim Coutinho pertencente ao pai do prefeito de Caxias
A prática rotineira do ex-prefeito de Caxias,
Humberto Coutinho, e do atual, Léo Coutinho, em não prestar informações ao
Ministério Público sobre procedimentos e documentos de licitações realizadas
nas suas respectivas administrações, acaba de ser transformada em Ação Criminal
pelo Tribunal de Justiça do MA.
A decisão é da Terceira Câmara Criminal e
teve como relator o desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos em sessão
realizada no último dia 29 de setembro.
A acusação do MP relativa aos dois gestores
caxienses é de que eles teriam, “em tese, se recusado a prestar informações
requisitadas pelo Parquet para instruir procedimento destinado a apurar
possíveis irregularidades na realização de licitações e contratos envolvendo o
ente municipal e as empresas F.G. Construções e Empreendimentos Ltda e Amorim
Coutinho Engenharia.”
“... porque prestar informações e
esclarecimentos ao Ministério Público, instituição permanente, essencial à
função jurisdicional do Estado (CRFB; artigo 127), é obrigação de todo o
gestor, razão da preocupação do legislador infraconstitucional em prever a
tipicidade do artigo 10 da Lei n°. 7347/85” diz trecho da decisão do TJ
fundamentando a sentença.
” Do mesmo modo, não se pode falar em falta de
comprovação de indispensabilidade dos documentos requisitados para fins de
propositura de Ação Civil Pública, porque a inicial e os ofícios encaminhados
dão conta de que as requisições foram feitas para verificação de eventuais
irregularidades em procedimentos licitatórios e contratos ocorridos e assinados
nos anos de 2005 a 2012, envolvendo a Prefeitura e empresas, tudo isso, para
subsidiar procedimento em Inquérito Civil que os gestores tinham
conhecimento.”, esclarece o magistrado no seu despacho reiterando a
conduta indevida dos denunciados Humberto e Léo Coutinho.
“ACORDAM os Desembargadores da Terceira
Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, por unanimidade
de votos e de acordo com o parecer da douta Procuradoria Geral de Justiça, em
receber a presente Denúncia, nos termos do voto do Desembargador Relator”
é que diz o Acordão publicado no último da 29 de setembro de 2014.
É regra da atual administração negar
informações ao público.
No portal da transparência, que em Caxias não
faz jus ao nome, não se explica praticamente nada dos gastos públicos da
Prefeitura.
O Maranhão todo assistiu a tentativa do
repórter do Programa CQC, da TV Band, em obter informações do poder público
municipal sobre a morte de dezenas de crianças ocorridas na Maternida Carmosina
Coutinho. Naturalmente, a atual administração seguiu o script e não esclareceu
nenhuma das dúvidas levantadas pelo programa da emissora paulista.
Mas ao negar informações ao Ministério
Público sobre procedimentos licitatórios, os gestores acharam que, “empurrando
com a barriga”, conseguiriam protelar o caso pela eternidade.
Como se viu, o Tribunal de Justiça fez valer
a lei e a aplicou como deveria ser.
Será que o grupo Coutinho e seus satélites na
mídia irão repetir a mesma campanha difamatória que fizeram contra o repórter
Oscar Filho aos promotores de Justiça e desembargadores do TJ por conta da
decisão de transformar Léo e Humberto em réus em Ação Criminal?
Kkkkkkkk... Será que vai aparecer algum babão por aqui dizendo que isso é perseguição do Paulo maracutaia????? Já sei! Vão dizer que é vingança do Sarney contra o Humberto Coutinho por ele ter apoiado financeiramente o Flávio Dino