Do blog do Raimundo Garrone (Jornal Pequeno)
O pré-candidato a governador Flávio Dino (PCdoB)
comentou nesta quinta-feira (24), em sua página no Facebook, reportagem da
revista “Época” que, baseado nas investigações da Polícia federal, aponta
envolvimento do doleiro Alberto Youssef em pagamento de dívidas do governo do
Maranhão.
“Esse doleiro foi PRESO em São Luís, onde
estava executando tenebrosas transações contra o dinheiro público maranhense,
segundo acredita a Polícia Federal. Vale lembrar que o valor de R$ 100 milhões
é maior do que todas as verbas gastas com agricultura familiar em 2013. Ou
seja, o dinheiro que falta para apoiar a PRODUÇÃO no Maranhão, está indo para
operações envolvendo notórios criminosos”, escreveu Flávio Dino.
Segundo inquérito da Operação Lava Jato, o doleiro
aparece em conversas discutindo acordo que renderá mais de R$ 110 milhões à
empreiteira Constran. Youssef negociou o pagamento de precatórios (dívidas
antigas) do governo do Maranhão à empresa. A dívida refere-se a serviços de
terraplanagem e pavimentação da BR-230 contratados na metade da década de 1980.
Email interceptado pela Polícia Federal, que Época
teve acesso, mostra que no dia 10 de dezembro do ano passado, o diretor
financeiro da UTC, empresa que controla a Constran, Walmir Pinheiro, encaminha
uma mensagem para Youssef e para o diretor financeiro da Constran, Augusto
César Ribeiro Pinheiro, cujo título era “Precatório
MA”.
Walmir Pinheiro parabeniza os dois pela “concretização
do acordo com o gov. MA”. E ainda enaltece a conquista em razão da
dificuldade em alcançá-la: “sei perfeitamente o quanto foi duro fechar
esta operação, foram quase 6 meses de ida e vinda”, afirma Pinheiro. A
dívida do Maranhão com a construtora estava na Justiça há mais de 20 anos.
Walmir comemora o recebimento da primeira parcela e
aguarda a liberação de outras 23 prestações. No dia 26 de dezembro de 2013,
duas semanas após a mensagem enviada a Youssef, o governo do Maranhão depositou
R$ 4,7 milhões na conta da Constran.
Segundo o portal da transparência do governo
maranhense, o depósito está relacionado a um acordo judicial “devidamente
aprovado pela governadora do Estado do MA”. Em 4 de fevereiro e 18 de
março, o governo fez outros dois depósitos, que somaram R$ 9,4 milhões.
“Até agora o Governo do Estado não se
pronunciou sobre tão grave acusação feita pela Polícia Federal. Confissão? Ou
medo da verdade?”, questionou Flávio Dino.
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