A decisão da governadora Roseana Sarney de
permanecer no cargo até o final do mandato traçou as linhas definitivas do
desenho com o qual o grupo por ela liderado vai para embate eleitoral deste
ano.
Na prática, Roseana transferiu para o pré-candidato
do PMDB a governador Luis Fernando Silva a tarefa de articular a consolidação
da sua candidatura e a mobilização do grupo partidário que liderará na corrida
às urnas. Isso não significa dizer que Roseana vai se isolar para se dedicar
apenas ao governo. Nada disso. Ela vai entrar de cabeça na campanha, mas, como
tem dito nas conversas informais, fará o trabalho de líder política sem
envolver a máquina no processo.
O trabalho de liderar a coligação e atrair o
eleitorado será do candidato a governador, que terá como suporte o candidato a
vice-governador, o candidato ao Senado e os candidatos a deputado federal e
estadual. Luis Fernando Silva sabe que nesse contexto de disputa eleitoral não
basta ter o perfil de técnico preparado e gestor competente, já demonstrado por
ele.
O candidato tem de mostrar espírito de liderança e
determinação para agregar. É esse trabalho que ele começa a realizar
“mergulhando” numa espécie de “quarentena”, para definir o grande roteiro das
ações políticas e da caminhada eleitoral que protagonizará antes das convenções
de junho e, depois, durante a campanha propriamente dita.
O grupo partidário sob o comando da governadora
Roseana Sarney está mobilizado, não há rachaduras nem dissidências, e aguarda
apenas o chamamento do cabeça da chapa para dar a largada em direção às urnas.
Isso porque o comunista Flavio Dino, seu virtual adversário, já está em
campanha há dois anos, anda sobre salto alto e tenta formar a onda do “já
ganhou”.
Vale aguardar os próximos movimentos.
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