Ao
fazer um balanço das atividades do Poder Legislativo Municipal no decorrer
deste ano, o presidente da Câmara Municipal de Caxias, vereador Catulé (PRB),
afirmou que a participação dos vereadores foi altamente positiva, sobretudo no
semestre parlamentar encerrado na última segunda-feira (16).
"Considero
muito positiva, porque aqui foram votados projetos de lei, requerimentos e
outras proposições que beneficiaram única e exclusivamente a população caxiense.
E 2021, certamente, será ainda um ano muito mais produtivo, porque nosso poder
legislativo atuará, como tem feito, com a participação direta do povo,
fiscalizando sempre o agente político que colocou para representá-lo, aqui na
Câmara, através do voto", argumentou.
Para
o vereador Catulé, a grande maioria dos colegas está agradecida ao apoio que o
prefeito Fábio Gentil (PRTB) deu às suas reivindicações, beneficiando assim
muitas comunidades, tanto no perímetro urbano como na zona rural, onde atuam.
Segundo o presidente da CMC, quando o Poder Legislativo Caxiense se posiciona,
trabalha, só quem ganha a população.
Sem quadros e
representatividade
Não
obstante, ao encerrar os trabalhos legislativos do ano, o presidente da CMC
também fez a seguinte desabafo: "Vereadores do passado, e alguns que ainda
estão aqui nesta Casa, participamos de bons tempos, quando nossa cidade tinha a
representação mais forte do Maranhão, principalmente no Congresso Nacional,
quando nada atingia o Município de Caxias. E hoje eu vejo, a cada instante, a
cada momento, a nossa cidade diminuir em relação à representatividade. Se nós
não temos uma representatividade boa, na Câmara Federal e no Senado, isso
diminui a cada dia a nossa cidade", explicou.
E,
continuando: "Vou dar um exemplo: aqui nós tínhamos uma Delegacia da
Receita Federal, que hoje é um posto da receita Federal. Se a pessoa entrar na
malha fina, por exemplo, não resolve nada por aqui, tem que ir para São Luís; o
Ministério do Trabalho, que tinha uma delegacia, hoje é só uma porta, que
ninguém nem sabe onde é que fica. De modo que, um dissídio coletivo, um acordo
trabalhista, agora é resolvido em Codó. Nós tínhamos uma representação da
Ministério da Agricultura, mas ela foi embora há uns vinte anos; e agora, o
INSS, o Corpo de Bombeiros interditou, porque senão ia ser pior, e agora está
lá numa mesa de tabique dentro do shopping, e eu não vi nenhum pronunciamento
das nossas representações políticas, estadual ou federal. Aqui, a nossa receita
estadual, que era uma delegacia, agora é um posto; a Cemar era uma diretoria
regional, mas foi mudada para Timon. E já tenho notícia que o DNIT, há 60 anos
instalado em Caxias, também está se mudando para Timon, e não sei as
razões".
E
mais: "De sorte, que eu não entendo o que está acontecendo com a cidade
que eu considero mais importante do interior do Estado do Maranhão. Porque
nossa cidade tem história, tem nome, e tinha representações políticas. Os
bancos federais, inclusive o Banco do Nordeste, um banco de fomento, hoje só
quer saber de consignado; não se financia mais a agricultura, não se financia
mais nada. Na Caixa Econômica, a fila começa na porta, atravessa e passa pelo
Banco do Brasil. Fila grande, porque o prédio, quando foi feito, a cidade tinha
60 mil habitantes, e hoje tem 180 mil habitantes. Na área da saúde, nós
tínhamos a Funasa, que cuidava de todas as doenças tropicais, mas acabou".
Concluindo:
"Enfim, nós estamos fracos de representação e de quadros também. Não
tínhamos dificuldades para escolher um quadro para a Câmara, para a Assembleia
Legislativa e para o Congresso Nacional, e agora nós temos quadro para nada,
coisa nenhuma. Nós estamos assistindo tudo acontecer de boca calada. Todo mundo
fica com medo de atingir a, b ou c. Felizmente, nós estamos assistindo a justiça
ser mais célere em nosso país, apurando os escândalos. De sorte que, entre
mortos e feridos, esta casa produziu. E eu espero, mesmo depois da nossa volta
do recesso, em fevereiro, que a gente, mesmo com o período eleitoral, comece a
dar resposta a essa sociedade que nos empresta sua voz para
representá-la". (Ascom/CMC)
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