Enquanto Jackson Lago e Zé
Reinaldo destinaram dezenas de milhões em recursos para Caxias quando governaram
o MA, Flávio Dino vem ajudar Humberto Coutinho entregando camisetas para
estudantes; 2 kits de irrigação e anunciando empiçarramento de estradas
vicinais
Humberto Coutinho deve ter pesadelos quando faz a comparação do
tratamento
dispensado por Flávio Dino para Caxias e lembra dos tempos áureos
de
Jackson e Zé Reinaldo
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Desde
quando Humberto Coutinho assumiu a Prefeitura de Caxias, em janeiro de 2005, os
caxienses familiarizaram-se com as constantes visitas dos governadores José
Reinaldo Tavares e Jackson Lago.
Sempre
anunciando investimentos ou participando de inaugurações de obras feitas em
convênio com o governo do Estado, o governador Zé Reinaldo era tratado por
Humberto Coutinho como o grande líder que ele realmente era (e que ainda é).
Entre as
várias parcerias feitas por Zé Reinaldo com o município de Caxias encontramos
uma que ficou marcada na lembrança de Humberto Coutinho e que seus advogados
não o deixam esquecer: a existência de um convênio no valor de mais de R$ 500
mil reais para a aquisição e instalação de uma UTI Infantil no município. O
referido equipamento, segundo farta documentação fornecidas pelas secretarias
de Saúde de Caxias e do Governo do Maranhão, foi comprado de uma empresa do
Piauí (mediante licitação), onde a empresa emitiu nota fiscal da venda, a
Prefeitura pagou pelo material, mas que ninguém nunca viu a tal UTI Infantil no
município. Nem funcionando e muito menos guardada em algum depósito, o que ainda
hoje dá dor de cabeça jurídica aos envolvidos na tramoia.
Sucedendo
Zé Reinaldo Tavares no Palácio dos Leões, Jackson Lago não só manteve o ritmo
de parcerias como as ampliou.
Foram
várias escolas municipais construídas ou reformadas devido a convênios
celebrados com o governo do MA. Entre as parcerias feitas na gestão de Lago,
destaque-se a Maternidade Carmosina Coutinho e as reformas do Hospital Geral do
Município e do Mercado Central, obra esta que Jackson Lago, já fora do governo
devido a decisão judicial, sequer foi convidado para a sua inauguração.
Antes de
sair do governo, e após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral que lhe tirou
o mandato, Jackson Lago celebrou um convênio de mais de R$ 10 milhões de reais
para a construção de milhares de kits sanitários em Caxias, fato que levou o
titular do Blog, na época editor do extinto Jornal dos Cocais, a denunciar o
caso junto ao Ministério Público, devido a graves irregularidades na licitação
da obra, e ainda hoje os envolvidos respondem o caso na justiça.
Apesar
dos dissabores jurídicos enfrentados devido aos milhões conveniados entre as
duas gestões de Humberto Coutinho e as gestões de Jackson Lago e Zé Reinaldo,
quando veio a eleição de Flávio Dino ao governo do MA em 2014, esperava-se o
“céu na terra” a partir de então. Ledo engano! Os recursos enviados por Flávio
Dino caíram a conta-gotas e foram insuficientes para reverter ou mesmo ajudar o
sobrinho do presidente da Assembleia a escapar da derrota que se desenhava
claramente desde os primeiros dias da sua desastrosa administração.
Quanto
aos recursos a conta-gotas que falo, e antes que algum fantasma da Assembleia
ou ex-mensalinho da Prefeitura venha serelepe a citar os convênios entre a
Maternidade Carmosina Coutinho e a UPA na gestão Léo Coutinho, que
ultrapassavam R$ 2 milhões de reais mensais, estes só aconteceram depois que o
escândalo da “Maternidade da morte” ganhou as manchetes nacionais e a gestão
Flávio Dino, por ser parceira de fé do aliado caxiense, teve medo do episódio respingar
para o comunista.
Mesmo
solucionando financeiramente a problemática da saúde em Caxias, o aliado Flávio
Dino foi incapaz de resolver problemas simples e que contribuíram para o
insucesso eleitoral de Léo Coutinho em 2016.
Detectado
em pesquisas de opinião quinzenais que a rejeição a Léo Coutinho era
gigantesca, Flávio Dino se manteve praticamente inerte e insensível a situação
do aliado (ressalvando os convênios na área da saúde, que só aconteceram após
escândalo nacional), pois se dispensasse ao desgastado aliado a atenção
necessária, não faria o que fez em Caxias ao desativar o precário IML e
arrastar por quase 3 anos a construção do tão necessário órgão na cidade. Vale
registrar que a construção de um IML na cidade não chega a representar 2% dos
valores conveniados por Zé Reinaldo e Jackson Lago quando os mesmos sentaram na
cadeira principal do Palácio dos Leões.
Ao
desativar o IML de Caxias assim que assumiu o governo, Flávio Dino não
dispensou ao aliado Humberto Coutinho a atenção que o mesmo deveria ter. O fato
de ter transferido o serviço para Timon funcionou como uma sentença de morte
para as pretensões de reeleição de Léo Coutinho.
Quando
uma pessoa morre em Caxias, é natural que a dor da família, que precisa velar o
ente querido, ganhe proporções insuportáveis ao não poder estar perto da
defunto nas suas derradeiras horas em cima da terra. Paralelo a dor dos
familiares, os vizinhos e amigos mais próximos também sofrem com a ausência do
corpo e a dificuldade dos preparativos para o enterro. Nesse ínterim, é natural
que todos comentem a falta do IML na cidade e a inexplicável vontade política
dos aliados do governador para resolver o problema. Sem dúvida alguma, foi e
está sendo um fator de desgaste imensurável para os planos eleitorais de
Humberto Coutinho.
Mesmo
tendo sido um governador bem aquém de Zé Reinaldo e Jackson Lago, Flávio Dino
reapareceu recentemente em Caxias tentando consertar o estrago feito na
principal base do aliado Humberto Coutinho.
Na
princesa do sertão, como vem fazendo em diversas cidades do Maranhão, Flávio
Dino distribuiu milhares de camisetas para estudantes, o que é muito estranho,
haja vista a farta distribuição de uniformes escolares estar sendo feita no
segundo semestre do ano letivo, o que leva a crer que seja apenas uma tentativa
marota de conseguir atrair público jovem nos comícios fora de época do
comunista.
Ainda na
visita de Dino a Caxias, o anúncio do empiçarramento de estradas vicinais e
entrega de 2 kits de irrigação, o que é comparável a benefícios entre prefeito
e vereador de cidade pequena, levou Humberto Coutinho, mesmo lembrando das
dezenas de milhões conveniados entre ele e os ex-governadores Jackson Lago e
José Reinaldo, a ir na sua emissora de TV falar com entusiasmo forçado sobre as
‘conquistas’ obtidas junto ao ‘aliado’ Flávio Dino.
Não
consigo comprar a ideia, disseminada por quase 100% dos políticos do MA, de que
Flávio Dino só chegou ao cargo de governador devido ao apoio incondicional de
Humberto Coutinho desde o seu debut na carreira política. Mas, ao mesmo tempo
que não estou entre a quase totalidade dos que defendem esse ponto de vista,
não poderia deixar de ficar solidário a Humberto Coutinho na avaliação de que
Flávio Dino não correspondeu com um mínimo de atenção a um aliado da
importância do presidente da AL.
Colocando
na ponta do lápis, até os aliados mais subservientes de Humberto Coutinho veem
a diferença absurda entre a atenção dispensada ao “grandão” pelo ‘aliado’
Flávio Dino e aquela dada pelos ex-governadores Jackson Lago e Zé Reinaldo
Tavares.
Anunciar
‘obras’ dignas de vereador para prestar apoio a um aliado da relevância de
Humberto Coutinho é o cúmulo do absurdo.
Ah!
Depois de 8 meses da gestão Fábio Gentil em Caxias, Humberto Coutinho autorizou
a celebração de convênio entre o governo do MA e a Prefeitura para
pagamento dos médicos da Maternidade Carmosina Coutinho. Detalhe: o convênio
firmado agora representa 50% do valor daquele feito na fracassada gestão Léo
Coutinho.
Não se
sabe se o convênio ter sido exatamente a metade daquele existente em 2016 foi
‘força’ política de Humberto Coutinho ou se foi mais uma ‘ajuda’ de Flávio Dino
para o seu aliado.
Mas o
pior dessa história está representado na foto acima, em que Humberto Coutinho
faz cara de paisagem ao entregar camiseta para estudantes.
Com um
aliado assim...
Fora DINO, FORA COUTINHOS