A reforma da previdência deve ser votada até
o mês de outubro. Essa foi a previsão feita pelo ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, que falou sobre o assunto nesta semana em sua conta pessoal no
Twitter.
A reforma está parada na pauta de votação do
plenário da Câmara há pelo menos quatro meses e, por isso, a retomada das
discussões sobre o assunto é defendida por diversos parlamentares. Um deles é o
deputado federal Júnior Marreca (PEN-MA). Ele afirma que votaria contra a atual
redação da proposta, mas defende o debate para que a reforma seja mais
ponderada.
“A reforma causa um mal-estar, mas ela é
necessária por conta do mal maior que ela pode ocasionar. Então, a gente pode
fazer essa dosagem aos poucos, não podemos chegar de uma vez e achar que tem de
sacrificar todo mundo. Eu acho que a gente tem de fazer uma forma muito mais
ponderada com a atual situação do país, com responsabilidade, porque do jeito que
está aí, não tem como votar.”
Entre as mudanças defendidas pelo deputado
maranhense estão as alterações para a aposentadoria de trabalhadores rurais.
Hoje, os trabalhadores rurais que não contribuem com a previdência podem
receber uma aposentadoria de um salário mínimo. O atual texto da reforma
extingue esse benefício.
“A questão do trabalhador rural, eu sou contra a questão do aumento da idade do trabalhador rural. A idade mínima eu até concordo. Mas as aposentadorias especiais nós temos de tratar elas com carinho. Elas já são especiais, elas são diferenciadas já.”
Atualmente, a Previdência no Brasil funciona
sob o regime de repartição. Isso significa que os trabalhadores que estão na
ativa pagam pelos benefícios dos trabalhadores aposentados. Se aprovado, o
texto da Reforma da Previdência prevê a instituição de idades mínimas para as
aposentadorias: de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. Além disso, o
texto eleva gradualmente o tempo de contribuição mínimo de 15 para 25 anos.
De
Brasília, João Paulo Machado
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