O que era pra ser um diálogo pacífico sobre a
importância da regionalização da educação superior acabou em atos de protesto.
O fórum sobre a transformação do CESC/UEMA em universidade regional, que reuniu
professores, acadêmicos e servidores dos campus de Caxias, Codó, Coelho Neto,
Coroatá e Timon, além de estudantes do ensino médio e representantes dos
poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, aconteceu na quinta-feira (25).
O fórum foi promovido pela Comissão
Pró-Regionalização do CESC/UEMA. O auditório do campus da universidade em
Caxias ficou lotado e dividido entre os que eram a favor e os contra a proposta
do Governo do Estado de criar na região a Uemaleste, a exemplo do que já fez em
Imperatriz com a criação da Uemasul.
A programação iniciou com duas palestras sobre o
tema, ministradas pela pró-reitora de Planejamento da Universidade Regional do
Cariri - URCA, a professora Ana Roberta Piancó, e o vice-reitor da Uemasul, o
professor Antônio Expedito Carvalho. Os palestrantes apresentaram dados sobre o
sucesso da regionalização em suas instituições. Em seguida, estava previsto o
pronunciamento das autoridades convidadas a compor a mesa da solenidade. O
evento todo foi comprometido por gritos, apitos e palavras de ordem dos
manifestantes contrários à proposta.
"Este
'movimento', instigado por agentes externos à universidade, cujos interesses
são meramente politiqueiros, não se baseia em estudo ou planejamento, alegando
ser sucesso em outros estados como BA, CE e PR. Total desconhecimento! Vide a
recente Carta de Londrina, assinada por todos os reitores das estaduais do
Paraná, que denunciam o abandono intencional da educação superior, agravada
pelo enfraquecimento causado pelas divisões. O discurso de 'independência' e
'autonomia', neste contexto, é falacioso!", dizia o manifesto compartilhado no evento.
Fonte: João Lopes/Portal Noca
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