Nesta quarta-feira, 10, cerca de 8 policiais
militares da Força Tática e do GOE – Grupo de Operações Especiais, fortemente
armados, adentraram o poder legislativo minutos antes do início da sessão e se
homiziaram no gabinete do vereador Jerônimo Cavalcanti.
Conversei com vários colegas jornalistas que
cobrem as sessões da Câmara para saber se algum deles sabia o motivo de tal
aparato militar na Casa do Povo e ninguém soube informar nada a respeito,
apenas que os PMs estavam no apertado gabinete do oposicionista.
Após o término da sessão, indaguei ao
presidente Catulé o motivo do legislativo ter requisitado a presença da PM e qual
vereador estava sofrendo alguma ameaça que justificasse tão forte aparato
policial no prédio. “Estou surpreso com essa informação e não tenho
conhecimento de nada”, disse Catulé.
Embora o presidente da Câmara não tenha
conhecimento do motivo da presença da força policial nesta quarta-feira, 10,
ele deve se atentar que aquilo foi uma clara demonstração de que a PM do
Maranhão se transformou numa polícia política, pois o simples discurso
contrário ao governo municipal que Jerônimo faria na sessão daquela noite não
justificava a presença de tantos policiais no local, o que ficou caracterizado
como uma clara tentativa de intimidação.
É bom que fique registrado que não é a
primeira vez que a Polícia Militar em Caxias é usada como polícia política
pelos aliados do governador Flávio Dino.
Na última campanha eleitoral, por exemplo,
horas antes da carreata do então candidato a prefeito Fábio Gentil, dezenas de
policiais militares tentaram criar um fato político durante uma simples e
normal distribuição de combustível para carros e motos que participariam do
evento. Até mesmo a prisão midiática do gerente do posto de combustível ocorreu
para beneficiar a candidatura dos aliados do governador, mas que acabou sendo
um “tiro no pé” e enterrou de vez a tentativa de reeleição de Léo Coutinho.
Pois bem, a presença do forte aparato
policial na sessão desta quarta-feira, 10, não pode ficar sem uma explicação
oficial do comando da PM em Caxias.
O que os PMs faziam no gabinete do vereador
Jerônimo e no interior do prédio? Existiu ameaça de morte ou mesmo de agressão
contra algum parlamentar? Se existiu ameaça contra algum vereador, o fato foi
também comunicado à Polícia Civil para consequente investigação do fato? A
presidência da Câmara recebeu alguma informação oficial sobre algum tipo de
ameaça?
Caso as devidas providências não sejam tomadas
e tudo não seja esclarecido, corremos o risco de ver a Polícia Militar em
Caxias ser transformada em polícia política e os bravos policiais serem
transformados em jagunços do grupo de oposição ao governo municipal.
Explicações e providências urgentes devem ser
tomadas, pois como a sucessão estadual será no próximo ano, a utilização das polícias pode ser uma constante e provocar cenas e situações bastante desagradáveis.
Explicações, por favor.
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