
O
local, o maior povoado de Caxias, não poderia ser mais simbólico para a
homenagem, uma vez que Salgado Maranhão nasceu num povoado do município.
Várias
autoridades caxienses fizeram-se presente ao evento, destacando-se o presidente
da Câmara Municipal, Catulé; secretário de Cultura, Artur Quirino; secretário
Executivo do município, Washington Torres; poetas Carvalho Júnior e Wibson
Carvalho e o secretário adjunto de Administração, Aluizio Bittencourt.
Definido
numa entrevista concedida ao jornal O Globo, como o “encantador de palavras”, Salgado
Maranhão, tem sua obra reconhecida internacionalmente, onde percorreu vários
países nos últimos anos apresentando sua obra e está lançando agora um livro
que será traduzido para o japonês e que também foi lançado no povoado na última
sexta-feira.
Compositor
de mais de 50 músicas, o caxiense já teve canções interpretadas por Zizi Possi,
Elba Ramalho, Ney Matogrosso e Ivan Lins.
Foi
com esse currículo intelectual admirável que ele foi recebido no
III Festival Literário realizado no Nazaré do Bruno para receber a homenagem de
uma biblioteca com o seu nome.

Falando
da trajetória de vida do poeta, que mesmo já tendo obtido projeção
internacional, o vereador destacou o fato dele continuar um homem simples. “É
uma prova de que é um homem simples, que sabe prestigiar a quem lhe convida, como
é o caso desse povoado”. O presidente da Câmara disse ainda que ficava
feliz em saber que o convite ao poeta não havia partido da classe política. “Fiquei
mais feliz ainda porque essa atitude não partiu da classe política, não partiu
do vereador Catulé, partiu dos professores dessa escola, e se partiu dos
professores é porque eles são compromissados com a história e sobretudo com a educação”.
Depois
de recitar um dos seus belos poemas, o poeta usou seu discurso para falar das
suas raízes na zona rural de Caxias e também de como ainda hoje cultiva os
hábitos simples que aprendeu com seus pais.
“Eu
tenho o maior orgulho de ser do Maranhão. Adoro o Rio de Janeiro, moro lá há 40
anos, sou super bem tratado no Piauí, onde me amam e eu gosto daquela terra, eu
amo aquela terra, eu amo os piauienses, mas eu queria ter nascido onde nasci,
na Cana Brava das Moças, na mistura de negros com índios e brancos, meu pai era
branco. Aquele povo, em que aquela casa farta e que a comida era para todo
mundo, era pra quem chegasse”,
lembrou ele acrescentando que continua a cultivar esses valores: “Então,
essa coisa comunitária e afetiva eu não perdi, eu não perderei. Quando mais
sucesso tenha a minha obra, quem faz o show é a minha obra. Eu sou a pessoa
mais comum do mundo, eu faço questão de estar mais perto das pessoas porque eu
gosto de gostar, eu gosto das pessoas, eu quero bem, eu quero abraçar as pessoas”,
finalizou antes de fazer a inauguração oficial da biblioteca Salgado Maranhão.

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