Do GI Portal
Imprensa nacional diz que a situação que envolve Weverton Rocha
é “extrema”

Ontem, no blog do jornalista Josias de Souza, do UOL, o
ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, disse que a situação é “extrema”, que o
ministério “descuidou-se até das aparências” e que existem mais de mil
processos de contas que não se fecham.
Descuidar-se das aparências pode ser o caso dos
“subconvênios” firmados pela Federação do Desenvolvimento das Organizações do
Terceiro Setor do Maranhão (FEDCMA), ONG de propriedade de Marileide Rocha, mãe
do deputado federal Weverton Rocha (PDT).
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Flávio Dino tem aliados com sérios
problemas na justiça
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Marileide obteve convênio de R$ 4,09 milhões e subcontratou,
dentre outras, uma associação de donas de casas para dar cursos de formação
profissional em lanternagem e mecânica de automóveis e um terreiro de candomblé
para capacitar jovens em massagem de relaxamento.
Por essas ações, Weverton e a própria mãe foram denunciados
à Justiça e ao Ministério Público, que abriram ações para investigar a família.
Os processos estão agora no Supremo Tribunal Federal, dada a condição de
deputado federal de Weverton Rocha.
Carlos Lupi controla o Ministério do Trabalho desde 2007,
quando Weverton Rocha tornou-se secretário de Esporte e Juventude do então
governo de Jackson Lago. A partir daí estabeleceram uma parceria que chamou a
atenção do Brasil. Numa reportagem da Folha de São Paulo, de 19 de novembro de
2011, a repórter Elvira Lobato informou que “nas confusões de Carlos Lupi
sempre aparece Weverton Rocha”.
Convênios
Durante o governo de Jackson, Weverton obteve convênios do
programa Projovem Urbano que foram repassados a ONGs sem nenhum processo de
licitação.
Assim como fizera com a FEDECMA, beneficiou a carioca
Fundação Darcy Ribeiro, a Fundar, com R$ 1.226.492,00, e o Instituto Maranhense
de Administração Municipal (IMAM), com R$ 2. 256.000,00. E quando constatou que
o governo Lago cairia, pagou os contratos antecipadamente, sem que os cursos de
formação de jovens tivessem sido concluídos.
O Blog de Reinaldo Azevedo, de Veja, registrou que Weverton
intermediou junto a Lupi a liberação de R$ 2.184.870,00 para o Instituto Brasil
Voluntário – Bravo, que simplesmente desapareceu do mapa depois de receber o
dinheiro e simular uma prestação de contas de apenas 30% do valor recebido. A
revista Veja disse que os funcionários do ministério, dentre os quais Weverton,
“exigiam comissão de 5% a 15% do valor dos convênios para resolver pendências”
– está escrito na edição de 12 de dezembro de 2011.
Quando o governo do PDT caiu, Lupi levou Weverton para o seu
gabinete e deu-lhe mais poderes ainda, tempo em que o maranhense mantinha um
escritório em São Luís onde se amontoavam ongs daqui e de outros estados, que
se revezavam no recebimento de convênios do Projovem. Segundo uma
ex-secretária, “era muita compra e venda de Ongs diariamente”, diz, sem querer
se identificar.
Com essas condições, Rocha ganhou uma primeira suplência de
deputado federal e usou Lupi para articular a candidatura de Eivaldo Júnior.
Com a eleição de Edivaldo, o pedetista herdou a vaga na Câmara Federal.
Rocha tenta se defender na
sobra de Flávio Dino
O deputado federal Weverton Rocha responde a pelo menos
cinco processo na Justiça Estadual e dois na Federal, todos por dispensa
criminosa de licitação, direcionamento de contratos e desvio de recursos,
federais e estaduais, dentre os quais os das reformas e reconstrução do Ginásio
Costa Rodrigues, obras jamais realizadas.
Enquanto as operações da Polícia Federal se desenrolam em
todo o país, a essa altura já com 15 prisões realizadas, em consequência dos
desvios de recursos promovidos pelo esquema de Carlos Lupi, as demandas contra
Weverton Rocha aguardam desfecho no Supremo Tribunal Federal (STF) tendo em
vista a sua condição atual de deputado federal que lhe confere foro
privilegiado.
O atual chefe do PDT do Maranhão busca se proteger
aumentando seu cacife político, negociando com o pré-candidato a governador
Flávio Dino (PCdoB).
Ele exige a vice-governadoria da chapa comunista. Na falta
de opções já prontas, na semana que passou ele festejou a aquisição de
Rosângela Curado, atual secretária da Saúde de Coelho Neto.
Aposto um rebanho,como Fávio Dino não sai candidato..