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Na reestreia na tribuna da Câmara, Neto do Sindicato denuncia agressão ambiental do agronegócio em Caxias e exalta eleição de Lula

20.3.23

No primeiro pronunciamento na tribuna após seu retorno à Câmara Municipal, o vereador Neto do Sindicato fez um discurso forte denunciando o avanço desenfreado do agronegócio no município. “Nós estamos vivendo um momento muito problemático na nossa cidade, porque o agronegócio se instalou de vez na nossa cidade”, iniciou o vereador ressaltando que não é contra a atividade de sojicultora, “mas a forma como está sendo dada a licença ambiental na SEMA (Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão)”, que segundo ele, é feito “a torto e a direita”.

Segundo Neto do Sindicato, os sojicultores que se instalaram na cidade “estão desmatando as nossas matas, estão aterrando as nossas nascentes”.

Uma área praticamente na zona urbana da cidade, o Inhamum, foi objeto da fala do parlamentar. “Já tem toda aquela área do Inhamum adquirida por grandes grupos econômicos e eles estão ali correndo contra o tempo atrás da licença ambiental”, denunciou. “Aqui no povoado Caxirimbú, aonde eles conseguiram comprar grandes áreas, desmataram, e o que se vê hoje são as casas daquela região sendo aterradas porque vem a chuva e carrega toda a água e toda lama. Está sendo prejudicada a população do nosso município”.

Com uma trajetória de vida no movimento sindical, Neto disse que já está articulando com o presidente do STTR de Caxias para que as denúncias contra as práticas ilegais do agronegócio no município cheguem até a Assembleia Legislativa. “Conversei com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STTR), [já] está entrando com um questionamento junto a Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, através da Federação [Fetaema] questionado a questão dessas licenças ambientais e que tipo de licenças são essas”, discursou o vereador relatando o grave caso ocorrido recentemente no povoado Mimoso, quando o presidente do Sindicato dos Trabalhadores foi ameaçado de morte. “Nós temos agora um grande conflito ali no povoado Mimoso, aonde o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (Pepita) foi ameaçado de morte, por um cidadão não sei de onde, que trouxe uma licença ambiental fajuta e começou a desmatar aquelas áreas, inclusive criando grandes problemas pra população que mora ali e o mais velhos tem até 90 anos”.

Consciente do seu papel como sindicalista atuante e defensor incansável do homem do campo, Neto do Sindicato disse que não se calará diante dos percalços que irá enfrentar. “A voz do vereador Neto do Sindicato não se calará diante daqueles que querem ficar cada vez mais ricos em detrimento daqueles mais pobres, terá sempre a voz firme do vereador Neto do Sindicato”.

Um dos mais ferrenhos apoiadores do presidente Lula nas últimas eleições, Neto do Sindicato disse depositar esperanças no governo petista e no que será feito em benefício da população. “Sei que terei no presidente Lula, no governo do PT, as respostas para aquelas lutas que eu sempre fiz e que irei continuar fazendo”. O parlamentar exaltou ainda o aumento significativo anunciado recentemente pelo governo federal para a merenda escolar. “E aí nós já começamos a ver o aumento do recurso da merenda escolar, pois é inadmissível criança voltar antes do horário normal porque não tinha merenda, porque o dinheiro não dá pra comprar merenda. Lula aumentou o valor da questão da merenda escolar. Minha Casa, Minha Vida está de volta para o pobre ter direito a sua moradia”.

Aparteado pelos vereadores Catulé, Darlan Almeida e Magno Magalhães, os colegas reconheceram a forte e importante atuação de Neto na zona rural do município e o parabenizaram pelo retorno à Casa do Povo.

“A sua presença nesta Casa enobrece não só o homem do campo, mas as minorias que estão sendo esquecidas no município de Caxias e região. A sua presença aqui fortalece mais ainda o homem do campo”, comentou o vereador Magno Magalhães.

Ao finalizar seu discurso, Neto do Sindicato avisou que aquele era apenas o começo dos grandes temas que levará ao legislativo caxiense. “Esse é apenas o início de grandes discussões que serão feitas nesta Casa, porque todas essas reivindicações precisam de resposta para o povo da zona rural, que está sofrendo todos esses absurdos cometidos”.

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