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INGRATIDÃO - Brandão excluí caxienses para compor primeiro escalão do governo e escolhe Imperatriz para anunciar secretários; governador recebeu 47% dos votos de Caxias e apenas 33% da princesa do sul

3.3.23

Lideranças políticas de Caxias fora do 1º escalão do governo Brandão

Poucas vezes a classe política de Caxias registrou na sua história um grau de desmerecimento e decadência como o que está sendo patrocinado pelo governador Carlos Brandão no desabrochar do seu governo. Desprestígio, incredulidade e decepção são palavras que podem estampar a face de qualquer político caxiense nos últimos dias.

No anúncio dos nomes que irão compor o primeiro escalão do governo Brandão, seja em secretarias, autarquias ou até mesmo agências de menor importância, não consta o nome de nenhum caxiense como titular, o que há muito tempo não acontece e justamente quando se esperava um reconhecimento muito maior, uma vez que houve um apoio maciço das lideranças da cidade em prol da eleição do governador.

O prefeito Fábio Gentil, o primeiro gestor do Maranhão a encampar o nome do então vice-governador para suceder Flávio Dino, e quando o senador Weverton Rocha ainda era uma aposta de peso no grupo, não indicou ninguém na nova composição do governo.

Enquanto suplentes, como Pará Figueiredo, que apoiou Weverton na última eleição e vai assumir o mandato devido a um arranjo patrocinado pelo governador, o prefeito de Caxias, mesmo elegendo a deputada estadual Daniella e a federal Amanda Gentil, não recebeu a mesma deferência e talvez nem tenha sido consultado sobre qualquer espaço no poder estadual.

O ex-secretário de Turismo Catulé Júnior, 1º suplente do PP, responsável pela exitosa criação da pasta que fortaleceu o trade turístico do Maranhão, e que emergiu das urnas como importante liderança política de Caxias ao receber 11.778 votos no município e 34.487 em todo o Estado, também não foi indicado a nenhum cargo mesmo sendo um dos mais fiéis colaboradores da campanha vitoriosa do hoje governador.

O ex-deputado estadual e atual suplente Adelmo Soares (PC do B), que assim como Catulé Júnior foi o responsável pela criação de uma Secretaria de Estado (a pasta da Agricultura Familiar na primeira gestão Flávio Dino) e com isso projetar seu nome em 2018, terá que se contentar apenas em ser subsecretário da mesma pasta, sem força e sem poder para nomear não mais que 2 ou 3 subordinados de menor relevância.

Antes conhecida como berço de grandes nomes da política maranhense, tendo em João Castelo e no senador Alexandre Costa os mais ardorosos defensores da princesa do sertão, Caxias hoje está sendo relegada a cidade de 5ª categoria tamanho é o desprezo que os políticos que hoje atuam no município estão recebendo de um governador que todos depositavam esperança e gratidão aos companheiros de Caxias.

A opção por Imperatriz para a posse do primeiro escalão do governo, mesmo sendo a segunda cidade do estado, mas sem a tradição política e histórica de Caxias, não se justifica se o quesito escolhido tiver sido o reconhecimento eleitoral, coisa que o imperatrizense não fez ao dar um chega pra lá na candidatura do pessebista no último pleito.

Enquanto Lahésio Bonfim recebeu 64.001 votos em Imperatriz na última eleição (47,50% do total), Carlos Brandão teve apenas 45.245 votos (33,58%). Já em Caxias registrou-se o inverso no percentual da votação, quando CB ficou com 47,05% dos votos e Lahésio com apenas 20,19%, uma demonstração de força de Fábio Gentil, Catulé Júnior e Adelmo Soares que arregaçaram as mangas e espantaram o fantasma de uma candidatura simpática a Bolsonaro na princesa do sertão, coisa que a população de Imperatriz não fez.

Partidários de Brandão, e ele próprio, podem enumerar obras, convênios e valores investidos em Caxias para tentar transparecer uma névoa de preocupação com a cidade, mas cujo argumento pueril não se sustenta quando a comparação é por espaço de poder e de quanto e qual a importância de cada aliado no comando desses espaços.

Ainda não se pode falar em título de persona non grata para o governador Carlos Brandão em Caxias, mas o sentimento de decepção que a classe política do município está tendo por ele é sentido em cada esquina.

Quando voltar a Caxias, Carlos Brandão pode ter a certeza que os aplausos, tapinhas nas costas e os sorrisos recebidos serão todos por educação, coisa que o caxiense sempre teve pelos governantes que aqui estiveram.

Não espere nada mais do que isso, governador.

2 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    Bem Feito . Imperatriz tem dinheiro

  1. Anônimo disse...:

    No poder as pessoas se revelam...

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