(Cadê o vereador que era para estar aqui?) Fause Simão não toma posse e catatau de incertezas rondam futuro político do suplente

Apenas Magno Magalhães tomou posse nesta quinta-feira, 09

Quando pensou-se que a novela da perda do mandato dos vereadores eleitos pelo PP devido à fraude a cota de gênero nas eleições de 2020 em Caxias havia chegado ao fim, eis que novas surpresas estão acontecendo a todo momento.

Com a posse de Magno Magalhães, ocorrida na tarde desta quinta-feira, 09, a ausência de um personagem acabou roubando a cena da cerimônia. Fause Simão não deu as caras e nem marcou data para ser empossado, muito menos mandou recado de quando faria isso.

O fato está intrigando a todos, haja vista que o espaçoso suplente era o mais interessado no processo que culminaria com a recontagem de votos das últimas eleições municipais e sua consequente posse em uma das vagas antes ocupadas pelos integrantes do Partido Progressista, Cinthya Lucena e Gil Ricardo.

Mas o que está intrigando a todos tem uma explicação lógica. Ou melhor, tem várias explicações.

Investido na chefia da Secretaria de Limpeza, Fause tem um considerável grupo de 400 funcionários sob seu comando, algo que enche os olhos de qualquer vereador e mais ainda de quem tem uma suplência que lhe persegue há mais de 20 anos. A avaliação de que essas 4 centenas de servidores tem potencial para se conquistar no mínimo a metade deles, com suas famílias a reboque, é uma conta que, em teoria, garante pelo menos 50% de votos para se eleger vereador nas próximas eleições.

Por outro lado, essa conta é feita por vários postulantes a um assento na Câmara, o que faz a Secretaria de Limpeza ser tão desejada pela classe política do município.

Para tomar posse como vereador, Fause Simão precisa pedir demissão do cargo de secretário municipal, onde vários correligionários de Fábio Gentil estão de olhos arregalados pra cima do Samal e já teria um deles com a nomeação para o cargo praticamente pronta, só faltando a assinatura do prefeito.

Para azucrinar ainda mais a estratégia do suplente Fause Simão, ainda cabe recurso da decisão que derrubou os candidatos do PP e ele, caso assuma o mandato, pode ser afastado com uma decisão desfavorável em Ação que tramita no TSE.

E como vida de suplente é um sufoco sem fim, Fause só tem 15 dias para tomar posse e, caso não o faça, será obedecido o critério de nova recontagem de votos e outro suplente assume o mandato.

Com um olho no peixe e outro no gato, o calvário de Fause tende a se prolongar um pouco mais, uma vez que o prefeito Fábio Gentil, que tem poder para serenar os ânimos e a aflição do suplente, ficará em São Luís pelos próximos dias.

Eh... para quem tanto fez para retornar à Câmara e de repente precisa enfrentar um mar de incertezas para garantir seu espaço mostra que a política, assim como a vida, é uma arte muitas vezes cruel demais com seus atores.

Esmoreça não, Fause.

A vida só é dura para quem é mole...