Glauto Tuquarre cita
risco que pacientes oncológicos correm caso hospital macrorregional seja usado
para tratamento da covid-19
Diante
do crescente número de casos de Covid-19 em Caxias e na região, e temendo um
colapso no sistema de saúde do município, o médico solicita que a Justiça, por
meio do Ministério Público, determine o isolamento total na cidade.
Em
Representação ao MP, Glauto Tuquarre elenca vários aspectos para sustentar seu
pedido de ‘lokcdown’ no município.
O
fato de São Luís já estar enfrentando a falta de leitos nos hospitais públicos "deixa Caxias sem sua referência maior para leitos de unidade
de terapia intensiva...” “Assim gerando uma enorme preocupação para nós
profissionais da saúde, pois Caxias não tem o preparo para atender as regiões
vizinhas e sua população de aproximadamente 165.000 (cento e sessenta e cinco
mil) habitantes”, alega o médico.
Com a situação da vizinha cidade de Codó, que
não possui um único leito de terapia intensiva, e que tem Caxias como
referência para o atendimento dos casos de Covid-19, "se teme que o sistema de
saúde do município entre em colapso”, sustenta Glauto Tuquarre.
Outra preocupação do médico oncologista,
trata-se da possibilidade do Hospital Macrorregional Everaldo Aragão, que é
também um Centro Oncológico, receber pacientes com Covid-19. “Os pacientes do
centro oncológico são em sua maioria pessoas idosas, hipertensas e diabéticas,
sendo mais suscetível a uma infecção, fazendo parte do grupo de risco do novo
coronavírus”, explica ele acrescentando que essas pessoas possuem “o
sistema imunológico abalado, tendem a ficar graves e ter maior propensão de
óbito”.
Segundo o profissional de saúde, o isolamento total, também conhecido como lockdown (bloqueio total),
“não se trata apenas de uma mera recomendação...”, mas “é necessário em
situação de grande ameaça ao Sistema de Saúde, o que vivemos neste exato
momento no município de Caxias”.
Apesar
das medidas já adotadas pelo governo do Maranhão e pela Prefeitura de Caxias
visando o isolamento social, a circulação e aglomeração de pessoas na cidade
ainda é grande, o que torna viável o lockdown a ser determinado pela Justiça,
uma vez que uma decisão judicial impõe regras mais rígidas no sentido de
atingir um isolamento adequado.
A
Representação foi protocolada junto ao Ministério Público no último dia 05 de
maio e, caso seja acatada, o MP solicitará ao Poder Judiciário a decretação do
lockdown na cidade.
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