Caxias sediou no CESC/UEMA, nessa
quarta-feira (18), o seminário de apresentação do Programa ABC “Agricultura de
Baixo Carbono”, que visa até 2020 reduzir em 30,8% a emissão de gases do
efeito estufa na atmosfera, resultado de um compromisso brasileiro firmado em
2009 na cidade de Copenhague, Dinamarca.
“A maior finalidade do programa é a
diminuição de gases do efeito estufa, além do desenvolvimento do meio ambiente
na região e integrar a nossa região no ciclo do programa, que já existe há mais
de 09 anos e até o momento não chegou em nosso município e cidades adjacentes”,
disse Maurício Lima, coordenador de abastecimento de Caxias
“Muitas vezes o agricultor não está sabendo
que a prática que ele está fazendo vai ser degradadora ao meio ambiente no
futuro, então o principal foco desse programa é o de conscientizar para que
possamos produzir da melhor forma possível”,
lembrou Luciana Soares, secretária de Agricultura, Abastecimento e Pesca.
Na plateia, representantes de sindicatos,
associações, órgãos públicos, vereadores, professores e estudantes falaram
sobre os desafios de conciliar desenvolvimento e preservação do meio ambiente.
“A gente acredita que com essa política as
coisas possam mudar”, disse Francisco Valeriano, presidente
da Associação do povoado Rodagem.
“Um dos maiores poluidores do meio ambiente
são as empresas; devido a essa concepção várias empresas têm criado os selos,
ISO 9000, 9001, justamente com essa preocupação de não está degradando o meio
ambiente. Temos educado os jovens dizendo que um pequeno papel de chiclete tem
uma proporção muito grande”, explicou Carlos Denilson, professor de
administração.
“Os nossos professores facilitam mais a nossa
aprendizagem. A gente vai pro campo aprender com a agricultura. Eu acredito que
no futuro a gente vai ter muito mais coisas na agricultura que pode facilitar a
nossa vida”, disse Jainara Vitória, aluna do IFMA.
“O resgate da agricultura familiar, da
agricultura orgânica, de boas práticas, de evitar usar agrotóxico é um caminho
para que cada um contribua para que tenhamos um mundo melhor”, ressaltou
Pedro Marinho, secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil.
“Uma agricultura que não usa a água de uma
forma racional e até mesmo de uma forma não sustentável, como a utilização de
agrotóxico, isso prejudica todo um lençol freático, todos os rios, isso
dificulta o tratamento. Precisamos debater que tudo trabalha em cadeia”,
reforça Arnaldo Arruda, diretor do SAAE.
O prefeito Fábio Gentil e o líder político Zé
Gentil também prestigiaram o evento, que contou com a presença do coordenador
geral de Produção Sustentável do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, Mychel Ferraz. O coordenador anunciou que Caxias vai ganhar uma
unidade de baixa emissão de carbono, 200 kits de irrigação e gotejamento, além
de um núcleo de Agroecologia para o Instituto Federal do Maranhão.
“Viemos aqui para provocar a conclusão do
convênio com o Estado, para que os extensionistas passem para os produtores
todo o plano junto com o Programa de Baixa Emissão de Carbono, que vem ao
encontro das diretrizes dos produtores dentro das tecnologias de integração,
onde nós temos um crédito de R$ 5 bilhões para ser distribuído para os
produtores fazerem essas tecnologias”, explicou
Mychel Ferraz, coordenador geral de Produção Sustentável do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O prefeito Fábio Gentil manifestou apoio à
iniciativa, reconhecendo os desafios que só podem ser vencidos com parcerias
entre os entes federativos.
“Tudo nasce de
um momento como esse, uma boa relação entre o município, o Estado e o próprio
governo federal. Estamos fazendo a nossa parte, vamos nessas discussões
encontrar os meios possíveis”, afirmou Fábio Gentil, prefeito de Caxias.
(Da assessoria)
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