Por
Chico Leitoa
(vista do aterro sem a passarela) |
Desde
a década de 60, morando na beira da linha, sempre me utilizei da Ponte Metálica
João Luis Ferreira, a ”ponte velha”. Tempos difíceis, pois a ponte tinha apenas
um tablado servindo de pista de rolamento e passeio para pedestres, também de
tábuas. De longe, principalmente à noite se ouvia o barulho provocado pelos
pneus dos carros no contato com o tablado. Algumas pessoas chegaram a cair no
rio, através de espaços deixados por tábuas não substituídas. Uma delas foi a
adolescente Vânia Leão, que tirou a atenção por alguns segundos e foi parar nas
águas do velho monge, tendo sido salva por canoeiros e banhistas, um deles, o
Melão.
(Chico Leitoa, Técnicos e populares visitam o aterro) |
Ainda
na década de sessenta, a Refsa, fez estudos, reforçou sua estrutura e foi
colocada uma laje de concreto armado como pista para carros e na parte externa,
passeio para pedestres e ciclistas. Com o aumento do fluxo de pessoas indo e
vindo, o perigo mudou de lugar e passou para o aterro de acesso. Muitos carros,
motos, ciclistas e pedestres chegaram a descer aterro abaixo, danificando bens
e principalmente ferindo pessoas muitas de forma grave. Era um problema que
merecia solução, pois, por ali passavam todos os dias quase 50.000 pessoas indo
e vindo.
(Visita do governador)
|
Encaramos
o problema, a equipe de governo, com a participação do Engenheiro Fause,
fizemos uma visita de trabalho, ao local, com o Engenheiro Alberto Silva numa
tarde ensolarada, e de lá já saímos com a ideia do projeto e a decisão política
de resolver o problema.
(Visita do senador Alexandre Costa) |
Fui a
Brasília e mostrei para o Ministro Alexandre Costa a pujança e a importância do
Projeto, do qual eu já havia lhe falado. Ele que veio a ser o grande parceiro
do Município naquele mandato, mesmo não sendo aliado político, e já conhecedor
do problema levado por nós ao seu conhecimento, ficou empolgado com a
importância da obra e imediatamente garantiu apoio, mas foi logo dizendo que o
Governador Lobão tinha falado pra ele da nossa audiência e ficou encantado com
o projeto da passarela. Portanto o Estado também seria parceiro. E com a
participação do Município, Estado e União, implantamos a passarela da ponte.
Já se
passaram vinte anos e nunca mais ninguém desceu o aterro. Portanto, eliminamos
um ponto crítico da Cidade, aliviando sofrimentos e dando segurança para nossa
população.
Sempre
que passo por ali, lembro-me de quantas vezes presenciei e participei daquela
mistura de carros, motos, pedestres e ciclistas, muitas das vezes resultando em
acidentes, alguns graves, que tivemos a felicidade de focar, buscar os
parceiros e resolver o problema de forma definitiva. Essa obra foi talvez, o
maior custo-benefício do Brasil dado o alcance da quantidade de pessoas
alcançadas diariamente.
...
Marca de um governo popular
Chico Leitoa é engenheiro,
ex-deputado e ex-prefeito de Timon.
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