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Como é que é?! Prestação
de contas é um direito do cidadão?
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Parece até coisa ensaiada. Tanto o prefeito
Léo Coutinho como a presidente da Câmara, Ana Lúcia Ximenes, usaram em material
de propaganda, e em release enviado à imprensa na semana passada, que prestam
contas de suas administrações.
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Em São Luís, Ana Lúcia
disse que “Conhecimento é poder’, mas em
Caxias, conhecimento dos gastos da
Câmara é
assunto praticamente proibido
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O governo municipal, ao lançar mais um
informativo em que apresenta supostas conquistas da administração, estampa na
capa, ao lado do título da publicação, uma frase bastante incoerente: “Prestar conta é uma obrigação da Prefeitura e um direito do
cidadão”.
A tal prestação de contas nada mais é que uma
propaganda disfarçada do prefeito. Ao inserir na frase que aquilo é um “direito do cidadão”, o governo Léo
Coutinho zomba da inteligência dos caxienses ao tentar confundir propaganda com
prestação de contas.
Fazendo um dos governos mais fechados do
Maranhão, onde não disponibiliza ao público os dados das despesas da
municipalidade, a palavra transparência é algo praticamente proibido nos corredores
do Palácio da Cidade.
Por sua vez, a presidente Ana Lúcia Ximenes, na
abertura do Seminário Rede Legislativa de Rádio e TV Digital no interior do
Brasil, voltou maravilhada com a possibilidade da Câmara Municipal de Caxias
ganhar uma emissora FM.
Diante da possibilidade, Ana Lúcia reagiu
assim: “Conhecimento é poder. É extremamente importante que toda sociedade
possa acompanhar nossas ações, como uma forma de saber o que está sendo feito e
cobrar por melhorias, quando for necessário”, disse ela.
Mais incoerente esse discurso, impossível.
Tal qual o prefeito, a vereadora administra a
Câmara Municipal onde a palavra transparência soa como palavrão.
O portal da Transparência, que na Prefeitura
é capenga e fora de qualquer padrão, no legislativo caxiense remonta ao tempo
das cavernas.
Acionada pelo Ministério Público para adequar
o endereço eletrônico, conforme manda a Lei da Transparência, a presidente deu
de ombros para o assunto e o portal continua igual ao que era antes, ou seja:
cego, surdo e mudo.
Pelo menos na falta de transparência, a
harmonia entre executivo e legislativo em Caxias anda as mil maravilhas.
São irmãos siameses.
Mudar o rumo
Provavelmente nunca tivemos tanto e ao mesmo tempo nunca estivemos tão insatisfeitos. Que sociedade construímos para que isso aconteça? Criamos um paradigma baseado na necessidade, na avareza e na consciência da escassez. Vivemos pensando em como podemos enriquecer mais, ter mais, conseguir mais e crescer mais. Isso faz com que chegue um momento em nossa existência que desmoronam o sentido e o para que do que fazemos. Precisamos criar projetos de vida que nos permitam viver como servidores. Em vez de perguntar: Como posso tornar-me mais rico, mais poderoso e ter mais? Talvez devêssemos mudar a pergunta e questionar: O que o outro necessita? Como posso contribuir par a criar um mundo melhor?
Essas palavras servem tanto para os políticos caxienses que muitas das vezes eles se esquecem da realidade.