Por
mais inacreditável que possa parecer a situação dos 20 contratados do Serviço
Móvel de Urgência – Samu/Caxias, os lances que se sucedem nesses 6 meses em que
os mesmos estão trabalhando sem receber seus salários ganham contornos cada vez
mais espetaculares.
Encontrei-me
ontem (quinta-feira), com 3 funcionários do órgão que me relataram coisas
absurdas e descabidas que divido agora com meus leitores.
Hoje,
em reunião marcada para começar às 14:00h, a coordenadora da Secretaria de
Saúde, dra. Alessandra Daniel, juntamente com o coordenador do Samu Regional,
Dr. Mariano de Castro e Silva, irão apresentar aos 20 “sem-salários” do órgão algumas
propostas no mínimo esquisitas.
A
primeira proposta está deixando não só os “sem-salários” do Samu, mas todos os
demais colegas com calafrios. Pelas informações repassadas ao titular do blog, para
continuarem na expectativa de um dia serem remunerados, os “sem-salários”
teriam que aceitar um perdão pelos 6 meses que se passaram. Isso mesmo:
esquecer as dívidas que fizeram com a quitanda da esquina e demais credores que
estão com a paciência esgotada, e botar na cabeça que de agora em diante tudo
será diferente.
A
segunda proposta é na verdade um prolongamento da primeira. Nela, num gesto que
pode fazer Madre Teresa de Calcutá perder o título de benfeitora da humanidade,
estaria previsto que os salários dos condutores e técnicos de enfermagem serão
pagos pelo próprio coordenador do Samu, Dr. Mariano. Esse ‘salário’ seria no valor
de R$ 500 reais mensais até que uma suposta portaria do Ministério da Saúde,
que os efetivaria no emprego, saísse.
Imagine
aí, caro leitor: o coordenador do órgão, comovido com a situação da turma de “sem-salários”
tirando R$ 500 reais do próprio bolso para cada profissional! A hipotética boa
vontade do coordenador representaria ele abrir a carteira e sacar R$ 10 mil
reais de uma única vez. Isso todos os meses até uma solução definitiva.
Bem, o
Brasil nunca teve um Prêmio Nobel da Paz.
Se
concretizando isso no Samu/Caxias, com o Dr. Mariano enfiando a mão no bolso
para socorrer seus sofridos subordinados, ele certamente concorrerá ao tão
cobiçado prêmio.
Já
pensou, hein, Léo Coutinho?!
Situação triste e lamentavel