Luis Fernando Silva:
preparado e competitivo
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Do blog de Roberto Kenard
Qualquer pipoqueiro de esquina
sabe que a esquerda é craque em espalhar boatos para encurralar adversários.
O PT se mantém vivo no poder com
mentiras sobre o PSDB. E o PSDB não retornará ao poder enquanto ficar tentando
explicar o que nunca fez.
Digo mais: o PT está longe, mas
muito longe mesmo, de ser invencível. O problema é que o maior partido de
oposição decidiu disputar eleitores do PT, enquanto há milhões de eleitores se
sentido órfãos.
Bom, fiz esse preâmbulo para
discutir a disputa pelo governo no Maranhão. Então, vamos lá.
Em 2010, após perder a eleição no
primeiro turno para Roseana Sarney (PMDB), o grupo de Flávio Dino (PCdoB)
tratou de publicar pesquisas em que Dino aparecia com mais de 60% das intenções
de voto, ou seja, não só venceria a eleição no primeiro turno como era
imbatível.
Até onde a vista alcança, só este
blog tratou de dizer que Flávio Dino era favorito contra a própria sombra.
Afinal, quais candidatos estavam postos em 2010 para disputar a eleição de
2014? Simplesmente, nenhum.
Quem publica pesquisa de intenções de voto a quatros anos
da eleição? Não existe um mísero caso
registrado.
Só, meus caros, que isso fazia parte de uma
estratégia, a de tentar pôr na cabeça dos eleitores incautos que a eleição de
2014 já estava no papo a quatro anos da disputa real!
Logo depois Flávio Dino e seu
grupo trataram de publicar pesquisas em que Lobão era o grande perigo para o
comunista. Luís Fernando? Bem, esse sequer deveria ser levado em conta.
Acontece que ninguém fez a
pergunta fundamental: desde quando um candidato divulga uma pesquisa na qual
mostra ao adversário quem deveria ser o seu (do adversário) candidato?
O secretário em ação: obras
por todo o Maranhão
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Não sei se o leitor já viu isso.
Eu, com bons quilômetros de política rodados, jamais ouvi falar.
Tratava-se – é tão óbvio – de
outra estratégia: desconstruir o melhor candidato do campo adversário (no caso,
Luís Fernando) e levantar a bola daquele com menores possibilidades (no caso,
Lobão. Não, como já escrevi aqui, que Lobão viesse a ser um candidato fraco como
eles imaginavam e imaginam).
O técnico em palestras:
pronto para o debate
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O jeito PSDB do PMDB maranhense
O certo, meus caros, é que o grupo que se encontra no poder
estadual engoliu a pílula oferecida pelos adversários.
Criou-se um frenesi totalmente
estúpido. A tal ponto que hoje os
governistas acreditam a sério que Luís Fernando só terá uma eleição
razoavelmente tranquila se for eleito primeiro pela via indireta.
Que Einstein da política
maranhense chegou a essa conclusão? A partir de quê?
Em primeiro lugar (vocês vão me
perdoar por proclamar o óbvio), quem se encontra no poder tem a faca e o queijo
na mão. E como sempre digo, isso não acontece só no Maranhão. É no Brasil inteiro.
O político em ação: hábil
articulador
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Querem saber de uma verdade? Ei-la: desde 1965, quando o
oposicionista Sarney venceu a eleição de governador, a oposição não vence uma
eleição para o Governo do Maranhão. Antes
que algum tolo puxe o nome de Jackson Lago, esclareço: Jackson Lago venceu a
eleição de 2006 como candidato do governo, Roseana Sarney é que estava na
oposição.
Assim, a oposição perdeu.
Já escrevi aqui, que pela primeira
vez o grupo ligado a Sarney tem um candidato competitivo. E é competitivo por inúmeros motivos. Não
me custa citar alguns:
1) já comprovou ser um excelente
administrador como prefeito da cidade de São José de Ribamar (não há um
oposicionista decente que negue isso);
2) é um candidato que tem
currículo e não folha corrida (ninguém o aponta como corrupto);
e 3) vai ter o que mostrar como
candidato no horário eleitoral.
De onde tiraram, então, essa
fragilidade? Só se foi do cofo da desconstrução de adversários da oposição.
O que o governismo já deveria saber é que uma coisa é a
classe média de São Luís que se considera politizada e de esquerda. Outra bem
diferente é a população que rala todos os dias e não vive de frente para o mar
e de costas para o Maranhão real.
Não sou de origem popular, mas
convivo tranquilamente com pessoas de origem abaixo da classe média, classe
média que se quer defensora dos pobres, desde que seja com bastante distância.
O que essas pessoas dizem? Que
Flávio Dino já ganhou? Que Luís Fernando não existe como candidato?
Hoje mesmo, quarta-feira, 26, estive conversando com vários trabalhadores
da zona rural de São Luís. Provoquei a questão política sem citar nomes. Nenhum
disse gostar ou votar em Flávio Dino. Mas todos citaram Luís Fernando.
Citaram se referindo à
administração de Ribamar e ao trabalho que ele está desenvolvendo na Secretaria
de Infraestrutura.
Aí está. O governo deveria primeiro saber o que se passa nas classes populares
antes de repetir o discurso furado da oposição.
Ah, os blogueiros também.
Para terminar, lembro da eleição
de José Reinaldo Tavares (hoje no PSB).
Roseana Sarney queria Jackson Lago (PDT) como candidato do
grupo. Acordo que fora fechado em 2000. Como
vocês sabem, Jackson se reelegeu naquele ano prefeito de São Luís com o apoio
do grupo Sarney. Veio a Lunus (operação até hoje sem explicação pelo menos
razoável) e Roseana teve de abandonar a candidatura à Presidência da República.
Mesmo assim, estava mantido o
acordo: Jackson Lago seria o candidato a governador.
Lago, com a falta de visão política que o caracterizava,
achou que o caso Lunus havia destruído o grupo Sarney no Maranhão. Ele, que até havia proibido outdoors de
aliados contra Roseana e dizia que essa conversa de oligarquia era um engano,
tratou de voltar a atacar a… oligarquia.
Pois é, perdeu a eleição para José Reinaldo Tavares, que em
junho de 2002, ao me encontrar no Arraial do Ipem do Calhau, me mostrou uma
pesquisa na qual tinha míseros 2% das intenções de voto.
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