Paradeiro das 80 mil revistas de Léo Coutinho é um mistério similar ao sumiço do voo da Malásia Airlanes

Por que sumiu? Por que não distribuíram? Por que começaram a distribuição e depois recolheram as revistas?

São muitos os questionamentos a respeito do paradeiro das 80 mil revistas confeccionadas pelo governo Léo Coutinho para apresentar aos caxienses supostas melhorias da atual administração.

Em nome da boa informação, irei apresentar aos leitores algumas análises que tenho do caso.

 

A revista trata basicamente das dificuldades do primeiro ano do governo Léo Coutinho (2013) e dá boas vindas a 2014 dizendo que a partir de agora, “os sustos, os medos e as incertezas ficaram no passado”, diz o prefeito em um trecho da revista.

Análise 1 – Pelo visto, as revistas foram feitas para serem distribuídas no início do ano e eram uma espécie de prestação de contas do ano anterior. Como não teriam ficado prontas em tempo hábil, o governo resolveu suspender a distribuição.

As revistas começaram a ser distribuídas entre os dias 15 e 20 de fevereiro, onde o titular do blog, em visita a Secretaria de Educação para tentar ouvir o engenheiro Piorsky a respeito dos boatos de sua demissão, pega o único exemplar que estava na recepção da Seeduc. De acordo com o vereador Fábio Gentil, um servidor daquela pasta havia lhe fornecido outro exemplar.

Em conversa com funcionários da Educação, os mesmos afirmaram que as revistas chegaram nas primeiras horas da manhã de um dia entre 15 e 20 de fevereiro, mas foram recolhidas as pressas cerca de 1 hora depois.

Análise 2 – Conversando com vários integrantes do 1° escalão do governo Léo Coutinho, a suspensão da distribuição e o conseqüente recolhimento daquelas que haviam sido distribuídas deu-se por conta de algum trecho da fala do prefeito que está na revista. Pelo que o leitor do blog acompanha, o trecho pode ser esse onde Léo Coutinho afirma que “...Hoje temos uma economia sólida, comércio aquecido e povo com dinheiro no bolso, podendo pagar suas prestações, abrir sua empresa ou ampliar seus negócios”. Possivelmente por medo de um desgaste certo, o prefeito teria tentando anular os efeitos da repercussão e por isso o sumiço das revistas.

A Lei 12.232, que rege as licitações de publicidade, prevê que todos os gastos do setor devem ser publicados em tempo real em site próprio.

Análise 3 – Fazendo um governo onde a falta de transparência é uma das premissas de sua gestão, seria praticamente impossível o cumprimento dessa regra da Lei 12.232, o que poderia ter levado a administração a suspender a distribuição por conta da impossibilidade de cumprir a Lei da Transparência.

O custo da tiragem de 80 mil exemplares de uma revista em papel de excelente qualidade como essas do governo Léo Coutinho, gira em torno de R$ 100 mil reais, fazendo com que o sumiço simples e sem nenhuma explicação plausível transforma-se num escândalo sem precedentes na história do município.

Bem, sejam quais forem os motivos que levaram o governo Léo Coutinho a suspender a distribuição das 80 mil revistas, o caso torna-se um dos maiores mistérios da atual gestão e pode render muita dor de cabeça para o prefeito devido as conseqüências do sumiço de mais de 7 toneladas de revistas onde ele afirma que o “povo está com dinheiro no bolso, podendo pagar suas prestações, abrir sua empresa ou ampliar seus negócios”.