Marco Valério, marqueteiro
que emitia
notas frias ao governo do PT
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Que ninguém pense que problemas ou fraudes em licitações de
publicidade são atos exclusivos de Caxias.
O mensalão do PT, criado no primeiro mandato do presidente
Lula, para pagar propina para parlamentares que integravam a base de apoio ao
governo federal, foi a origem de tudo.
É que o dinheiro gasto com propaganda é de difícil
constatação de sua aplicação.
Exemplos: se uma agência de propaganda envolvida na prática
de lavagem de recursos públicos quer captar dinheiro ilícito e repassá-lo ao
gestor criminoso, emite uma nota fiscal onde discrimina ter feito 200 mil
folders, 10 mil cartazes e 150 out-doors de determinada campanha publicitária e
cobra então o valor exato desses serviços, mas na verdade só fez 500 exemplares
dos folders, 200 cartazes e 5 out-doors. A diferença entre o que de fato foi
executado é repassado para o chefe do esquema. Como a constatação se esse
serviço foi feito ou não demora anos, quando as contas do gestor corrupto
chegam ao TCE e TCU, não tem como a confecção ou não desse material ser
averiguada.
As licitações de publicidade do Banco do Brasil, Banco
Popular e Brasil Telecom, vencidas pela agência do pseudo-publicitário Marco
Valério, através da agências DNA e SMP&B, serviram para arrecadar recursos
que irrigaram o mensalão.
As empresas de Marco Valério simulavam campanhas
publicitárias com notas fiscais frias e os recursos oriundos dessa operação eram
depositados numa conta do Banco Rural, em Brasília, onde os parlamentares
faziam saques que variavam de 30 a 50 mil reais todos os meses no que foi
denominado pelo ex-deputado Roberto Jefferson de “mensalão”.
Cópia do Jornal dos Cocais
onde denuncio notas frias emitidas
pelo marqueteiro Carlos Alberto e pagas pelo
então
prefeito Humberto Coutinho no ano de 2009
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Denunciei no Jornal dos Cocais e apresentei notas fiscais
frias emitidas e pagas pelo então prefeito Humberto Coutinho à empresa do
marqueteiro Carlos Alberto.
A empresa Estação Produções, de propriedade de Carlos
Alberto, cobrava todos os meses pela exibição de dezenas de out-doors
inexistentes e de milhares de folders e cartazes que ninguém viu na cidade.
Consciente do que denunciava, fui mais adiante e fiz uma
representação contra o marqueteiro Carlos Alberto e o então prefeito de Caxias
junto ao MP em Caxias.
Desde então, investigo e denuncio toda as licitações de publicidade
que a Prefeitura de Caxias tenta fazer.
Denunciei e denuncio por dever de cidadão, e para evitar que
as práticas do passado venham a acontecer novamente.
Como caxiense, jamais poderia permitir que o dinheiro do
povo de Caxias fosse desviado em pagamento de notas fiscais frias com serviços
de publicidade.
CPL de Caxias já protagonizou
vários escândalos
durante a gestão de Humberto Coutinho
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Na Recomendação Notificatória n° 100/2013, que a promotora
Carla Mendes enviou ao prefeito Léo Coutinho, ela é taxativa e pede a suspensão
imediata de todos os atos referentes à Concorrência 005/2013, por, entre outras
coisas, o edital não prevê a destinação de R$ 1 milhão de reais no montante de
R$ 3 milhões a serem gastos com propaganda.
O vereador Catulé denunciou na tribuna da Câmara nesta
semana que essa diferença astronômica seria usado para o novo mensalão do
ex-prefeito Humberto Coutinho. “Eles querem reverter a queda na popularidade e
esse dinheiro poderá ser usado para isso, pois não existe destinação de onde
será gasto no edital”, avaliou o parlamentar.
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