A criança de 3 anos Larissa Cristina Sampaio Duarte, que foi transferida no último dia 5 de julho para Belém para realizar um tratamento de saúde, já está de volta a Caxias. Ela recebeu os primeiros atendimentos em uma clínica particular e foi levada pelos pais em seguida ao Hospital Infantil Dr. João Viana, onde foi acompanhada até ser transferida por decisão da família para um hospital da Aeronáutica no Pará.
Nesse
sábado (18), os familiares estiveram no Hospital Infantil para agradecer à
equipe médica pelos esforços realizados para salvar a vida da criança. A
família foi agradecer especialmente à médica Anívia Carvalho, que esteve
envolvida diretamente com o caso desde o começo.
“Na
noite de ontem recebemos no Hospital Infantil de Caxias a visita da pequena
Lalá. Foi um momento de muita emoção para todos. A felicidade dos pais e o
sorriso da criança são o maior presente que podemos receber, o qual fortalece o
nosso compromisso com a saúde das crianças de Caxias. Sou muito grata pelo
carinho recebido da família”, agradece Dra. Anívia, médica do Hospital
Infantil.
ENTENDA O CASO
LARISSA
O
trabalho para salvar a vida da pequena Larissa foi realizado pelo Hospital
Infantil, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e Força Aérea
Brasileira, que estiveram unidos em operação no dia 5 de julho. Larissa deu
entrada no Hospital Infantil quatro dias antes, após curar-se da covid-19, mas
o quadro de saúde dela evoluiu com sinais e sintomas de uma inflamação
multissistêmica chamada síndrome de Kawasaki.
“A
doença associada ao SARS-COV-2 denominada ‘Coronavirus Disease 2019’ – covid-19
tem um impacto desproporcionalmente mais grave em indivíduos acima de 60 anos
de idade e em portadores de determinadas condições clínicas. Porém, em maio a
OMS lançou um alerta sobre uma nova síndrome inflamatória multissistêmica em
crianças com covid-19, com manifestações clínicas similares às observadas em
crianças e adolescentes com síndrome de Kawasaki típica, Kawasaki incompleta
e/ou síndrome de choque tóxico. Apesar de tal ocorrência ser rara, em nosso
município tivemos o caso de uma criança que, posterior à covid-19, evoluiu com
esta síndrome e que hoje encontra-se curada”, explica a médica.
A TRANSFERÊNCIA PARA
BELÉM
No
dia da transferência, a médica Luara Feitosa, do SAMU, realizou o
acompanhamento com sua equipe até o Aeroporto de Teresina, onde a criança foi
embarcada em um avião da Força Aérea Brasileira juntamente com os familiares.
“Foi
realizado o primeiro atendimento no consultório de pediatria, onde eu mesma
percebi sinais de alarme e encaminhei a paciente para o Hospital Infantil. Lá
teve confirmação da hipótese diagnóstica e, então, foi dado todo suporte
adequado. É uma paciente que teve diagnóstico de covid-19, mas com segmento
IGG+, ou seja, curada. A criança evoluiu bem, porém por decisão da família ela
irá para Belém”, explicou a médica do SAMU na ocasião.
“A
criança foi regulada no Controle Integrado de Leitos (CIL MA) e foi quando a
médica conversou com os pais da criança que receberam o apoio da Aeronáutica.
Então, no dia 4 de julho, eu estive em contato constante com o tenente Thiago
Vanucci, que foi o tenente que nos deu um apoio, em relação à transferência da
pequena Larissa até Belém. No dia 5 de julho nós contamos com o apoio do SAMU
para a criança ser transferida até Teresina. E, de lá, seguiu no avião da Força
Aérea até o hospital em Belém. Hoje nós só temos motivos para agradecer!
Agradecer primeiramente a Deus e a todos os envolvidos na assistência, pois
Larissa recebeu alta médica, está super bem, e isso nos enche de orgulho. E o
sentimento de gratidão da família nos mostra que estamos sim no caminho certo”,
reforça Juliane Danielly, coordenadora do Hospital Infantil.
O
pai da criança, Jardel Willame, caxiense funcionário da Aeronáutica, agradeceu
ao atendimento e acompanhamento realizado pelo Hospital Infantil. “A gente foi
muito bem tratado, as médicas deram total apoio, agradeço ao porteiro,
zeladores, médicos super atenciosos”, agradeceu na ocasião.
O
pai de Larissa, no retorno a Caxias com a filha recuperada, também agradece a
atenção que teve em uma clínica antes de chegarem ao Hospital Infantil. “Quando
levamos a Larissa para um hospital particular aqui de Caxias e o médico
pediatra se recusou a olhar nossa filha porque só olhava quatro crianças,
fiquei muito triste. Mas me apresentaram a doutora Luara na clínica, que foi
muito maravilhosa e muito carinhosa com Larissa. Daí o ditado, ‘quando Deus
fecha uma porta, ele abre uma janela’. Queremos agradecer à Dra. Luara, que foi
a primeira doutora a consultar a Larissa e também nos acompanhou até Teresina e
sempre mandando mensagem para saber como nossa pequena estava”. (Ascom)
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