A jovem de 18 anos, cuja identidade foi
preservada, teria sido mantida em cárcere privado durante 4 meses, por uma
seita religiosa, na cidade do Gama (DF). De acordo com a polícia, o caso teria
ocorrido em dezembro do ano passado, mas, só veio ao conhecimento do público na
tarde desta segunda-feira (7).
Responsável pelas investigações, o delegado
Vander Braga do 20º Departamento de Polícia do Gama, que confirmou o caso. De
acordo com ele, a jovem estava impedida de manter contato com outras pessoas
por uma seita denominada comunidade Adventista Remanescente de Laodiceia.
Ainda de acordo com o delegado, a jovem
aproveitou um descuido da líder da seita identificada por Ana Vindoura Lúcia,
de 64 anos, para mandar mensagens aos conhecidos em Goiânia, pedindo por
socorro.
"Os conhecidos da moça compareceram a
delegacia no dia 28 de dezembro, e apresentaram as mensagens, onde a moça pedia
por ajuda. Nós fizemos as diligências e constatamos que a jovem estava sendo
mantida em cárcere pela líder da comunidade",
conta o delegado.
Veio
de São Luís (MA)
De acordo com o delegado, a moça que estava
sendo mantida em cárcere, conheceu a comunidade quando tinha 12 anos, pois
deixou o pai em São Luís do Maranhão e veio morar com a mãe no Distrito
Federal.
Conforme informações repassadas pelo
delegado, a jovem era mantida trancada o dia todo na sede da seita, obrigada a
fazer as tarefas de casa e a ler a Bíblia constantemente.
O delegado afirmou durante a entrevista, que
a jovem resgatada não era a única que estava sendo mantida em cárcere privado,
outras três moças estavam na mesma situação. Vander afirma ainda que a
comunidade já vem sendo alvo de outras investigações, mas que não poderia
passar detalhes sobre o caso, pois as investigações estão em andamento.
A líder da comunidade religiosa, Ana Vindoura
Lúcia, foi presa em flagrante, mas, liberada após passar pela audiência de
custódia.
A
comunidade
O delegado informou que a comunidade é
composta por 400 membros e que a sede fica no KM 13 da DF-290, na região sul do
Gama. Antes eles passaram por Corumbá (MS). Conforme as informações de Vander
Braga, a comunidade foi há cerca de 10 anos, no entanto eles foram multados em
R$ 3 milhões por manter trabalho escravo.
Fonte:
Andy Santos/Portal Noca com informações DiaOnline
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