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Maranhense é libertada após 4 meses de cárcere privado no Distrito Federal

8.1.19

A jovem de 18 anos, cuja identidade foi preservada, teria sido mantida em cárcere privado durante 4 meses, por uma seita religiosa, na cidade do Gama (DF). De acordo com a polícia, o caso teria ocorrido em dezembro do ano passado, mas, só veio ao conhecimento do público na tarde desta segunda-feira (7).

Responsável pelas investigações, o delegado Vander Braga do 20º Departamento de Polícia do Gama, que confirmou o caso. De acordo com ele, a jovem estava impedida de manter contato com outras pessoas por uma seita denominada comunidade Adventista Remanescente de Laodiceia.

Ainda de acordo com o delegado, a jovem aproveitou um descuido da líder da seita identificada por Ana Vindoura Lúcia, de 64 anos, para mandar mensagens aos conhecidos em Goiânia, pedindo por socorro.

"Os conhecidos da moça compareceram a delegacia no dia 28 de dezembro, e apresentaram as mensagens, onde a moça pedia por ajuda. Nós fizemos as diligências e constatamos que a jovem estava sendo mantida em cárcere pela líder da comunidade", conta o delegado.

Veio de São Luís (MA)

De acordo com o delegado, a moça que estava sendo mantida em cárcere, conheceu a comunidade quando tinha 12 anos, pois deixou o pai em São Luís do Maranhão e veio morar com a mãe no Distrito Federal.

Conforme informações repassadas pelo delegado, a jovem era mantida trancada o dia todo na sede da seita, obrigada a fazer as tarefas de casa e a ler a Bíblia constantemente.

O delegado afirmou durante a entrevista, que a jovem resgatada não era a única que estava sendo mantida em cárcere privado, outras três moças estavam na mesma situação. Vander afirma ainda que a comunidade já vem sendo alvo de outras investigações, mas que não poderia passar detalhes sobre o caso, pois as investigações estão em andamento.

A líder da comunidade religiosa, Ana Vindoura Lúcia, foi presa em flagrante, mas, liberada após passar pela audiência de custódia.

A comunidade

O delegado informou que a comunidade é composta por 400 membros e que a sede fica no KM 13 da DF-290, na região sul do Gama. Antes eles passaram por Corumbá (MS). Conforme as informações de Vander Braga, a comunidade foi há cerca de 10 anos, no entanto eles foram multados em R$ 3 milhões por manter trabalho escravo.

Fonte: Andy Santos/Portal Noca com informações DiaOnline

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