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Seria intimidação?! A inexplicável e inaceitável presença da Polícia Militar no legislativo caxiense na noite de quarta-feira

12.5.17
POLÍCIA PARA QUÊ? A presença de força policial no poder legislativo só seria justificada
caso houvesse alguma ameaça real contra as dependências do prédio ou contra
qualquer um dos integrantes da Casa do Povo, o que, pelo menos
aparentemente, não existiu. (Imagens ilustrativas)

Nesta quarta-feira, 10, cerca de 8 policiais militares da Força Tática e do GOE – Grupo de Operações Especiais, fortemente armados, adentraram o poder legislativo minutos antes do início da sessão e se homiziaram no gabinete do vereador Jerônimo Cavalcanti.

Conversei com vários colegas jornalistas que cobrem as sessões da Câmara para saber se algum deles sabia o motivo de tal aparato militar na Casa do Povo e ninguém soube informar nada a respeito, apenas que os PMs estavam no apertado gabinete do oposicionista.

Após o término da sessão, indaguei ao presidente Catulé o motivo do legislativo ter requisitado a presença da PM e qual vereador estava sofrendo alguma ameaça que justificasse tão forte aparato policial no prédio. “Estou surpreso com essa informação e não tenho conhecimento de nada”, disse Catulé.

Embora o presidente da Câmara não tenha conhecimento do motivo da presença da força policial nesta quarta-feira, 10, ele deve se atentar que aquilo foi uma clara demonstração de que a PM do Maranhão se transformou numa polícia política, pois o simples discurso contrário ao governo municipal que Jerônimo faria na sessão daquela noite não justificava a presença de tantos policiais no local, o que ficou caracterizado como uma clara tentativa de intimidação.

É bom que fique registrado que não é a primeira vez que a Polícia Militar em Caxias é usada como polícia política pelos aliados do governador Flávio Dino.

Na última campanha eleitoral, por exemplo, horas antes da carreata do então candidato a prefeito Fábio Gentil, dezenas de policiais militares tentaram criar um fato político durante uma simples e normal distribuição de combustível para carros e motos que participariam do evento. Até mesmo a prisão midiática do gerente do posto de combustível ocorreu para beneficiar a candidatura dos aliados do governador, mas que acabou sendo um “tiro no pé” e enterrou de vez a tentativa de reeleição de Léo Coutinho.

Pois bem, a presença do forte aparato policial na sessão desta quarta-feira, 10, não pode ficar sem uma explicação oficial do comando da PM em Caxias.

O que os PMs faziam no gabinete do vereador Jerônimo e no interior do prédio? Existiu ameaça de morte ou mesmo de agressão contra algum parlamentar? Se existiu ameaça contra algum vereador, o fato foi também comunicado à Polícia Civil para consequente investigação do fato? A presidência da Câmara recebeu alguma informação oficial sobre algum tipo de ameaça?

Caso as devidas providências não sejam tomadas e tudo não seja esclarecido, corremos o risco de ver a Polícia Militar em Caxias ser transformada em polícia política e os bravos policiais serem transformados em jagunços do grupo de oposição ao governo municipal.

Explicações e providências urgentes devem ser tomadas, pois como a sucessão estadual será no próximo ano, a utilização das polícias pode ser uma constante e provocar cenas e situações bastante desagradáveis.

Explicações, por favor.

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