Evento aconteceu numa
parceria da Academia Sertaneja de Letras, Educação e Artes do Maranhão
(Asleama) com o Poder Legislativo.
O
jornalista, escritor e administrador Edmilson Sanches ministrou na noite de
terça-feira (19), no plenário da Câmara Municipal, uma palestra ressaltando a
contribuição do município de Caxias para o Brasil. O evento aconteceu numa
parceria da Academia Sertaneja de Letras, Educação e Artes do Maranhão
(Asleama) com o Poder Legislativo.
A
palestra fez parte da programação de eventos da Asleama em homenagem ao
filósofo e matemático caxiense Raimundo Teixeira Mendes, criador da Bandeira
Brasileira, cujo dia nacional transcorreu nesse 19 de novembro. Confrades e
confreiras da academia ocuparam assentos no plenário da Câmara.
"Que
minhas palavras sejam de gratidão à prontidão com que esta Casa, que é a Casa
do Povo, por meio do Sargento Moisés (PSD) e do vereador Catulé (PRB), atendeu
ao nosso convite, convite da Casa de Teixeira Mendes, tomando todas as providências
para que este momento de solenidade e de sadio orgulho ocorresse", frisou
o presidente da Asleama, professor Guilherme Sousa.
Segundo
Edmilson Sanches, "o passado é o presente de maior futuro de Caxias e do
nosso Maranhão. Esta palestra é um tributo à inteligência, ao talento, à
cultura e ao conhecimento".
Para
o vereador Darlan (PHS), "nesses quase três anos na Câmara, a maior
alegria que teve foi no dia quando recebeu o diploma e agora com essa palestra,
trazendo tudo o que é a cidade de Caxias".
Ramos
(SD) declarou ter se emocionado com a apresentação. "Você, Edmilson
Sanches, é um arquivo vivo da nossa cidade. Foi uma das maiores aulas de
história que já tive", afirmou o parlamentar.
Vereador
Magno Magalhães (PSD) disse que saiu dali mais caxiense, mais responsável, mais
humano e mais político ainda, ao rever o nosso passado glorioso e, na maioria
das vezes, esquecido de forma brutal e premeditada.
Sargento
Moisés, que presidiu a sessão solene, ressaltou que "a importância da
Asleama para nossa cultura reside no fato de estimular o desenvolvimento da
literatura no município, além de premiar os méritos dos mais destacados
cultores das letras e da arte em Caxias e região".
Caxienses ilustres
O
caxiense Raimundo Teixeira Mendes, além de autor da Bandeira nacional,
contribuiu para a criação de diversas Leis em benefício, por exemplo, de
trabalhadores, doentes mentais, menores, índios, além de ter sido o redator da
Lei que fez a separação da Igreja do Estado, o que permitiu que todo brasileiro
pudesse escolher sua própria religião ou até não ter uma.
Além
de Teixeira Mendes, diversos outros filhos de Caxias utilizaram seu talento,
tempo, esforço e outros recursos para o desenvolvimento de atividades pioneiras
no Brasil em diversas áreas. Coelho Netto, conhecido como escritor, foi
indicado diversas vezes ao Prêmio Nobel, foi responsável pela dignificação da
capoeira como esporte e arte, além de ter sido o introdutor do cinema seriado
no Brasil.
Mais
do que escrever livros, filhos caxienses criaram escolas literárias, como o
Indianismo, de Gonçalves Dias; o Parnasianismo, de Teófilo Dias; o Modernismo
nas Artes Plásticas, com Celso Menezes. É também de Caxias Aderson Ferro,
considerado "Glória da Odontologia Brasileira", autor do primeiro
livro sobre a Arte Dentária no Brasil, no século 19.
Outro
caxiense, João Cristino Cruz, é o criador do Ministério da Agricultura. Por sua
vez, o caxiense Sinval Odorico de Moura era conselheiro do Império e
administrou quatro estados (províncias). Caxienses como Carlos Gomes Leitão
foram fundadores de cidades, no caso, Marabá, no Pará.
O
advogado caxiense João Mendes de Almeida foi redator da Lei do Ventre Livre.
Ubirajara Fidalgo, teatrólogo caxiense, foi o primeiro dramaturgo negro do
Brasil. Mãe Andresa Ramos foi líder espiritual estudada por antropólogos e
sociólogos e outros estudiosos de diversos países. José Murilo Martins foi
médico pioneiro na implantação da Hematologia no estado do Ceará. Armando
Maranhão estudou com os maiores gênios do cinema da Europa e é considerado a
"Pedra Angular do Teatro Paranaense". Outro caxiense, Joaquim José de
Campos Costa de Medeiros e Albuquerque foi o responsável pela realização do
primeiro Censo demográfico do Brasil, em 1872, hoje realizado de dez em dez
anos, como ocorrerá em 2020.
Outros
nomes foram elencados por Edmilson Sanches, como demonstração da forte
participação de Caxias na construção da identidade brasileira. (Ascom/CMC)
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