O caso dos policiais militares que conduziram
duas crianças, uma de 9 e outra de 10 anos, amarradas em uma corda e levadas
para o 1º DP, foi tema de debate na Câmara de Vereadores na sessão de
segunda-feira (11).
O assunto foi levantado pelo líder do
governo, Sargento Moisés (PSD), chamando atenção para a repercussão a nível
nacional que o caso ganhou. Para o vereador, “algumas autoridades exacerbaram
em seus comentários a respeito do fato, se colocando como juízes da causa.
Todos devem ser investigados, a partir da assistência que deve ser dada à
família para saber por qual motivo as crianças estavam naquele local
(residência onde as crianças foram encontradas)”.
“Não estou defendendo e nem acusando a Polícia
Militar, pois ela é centenária e tem bons serviços prestados, aqui mesmo no
nosso município. Mas não podemos condenar a instituição por atos isolados.
Temos leis a serem cumpridas, independente do nosso posicionamento pessoal”, ressaltou
o parlamentar.
Segundo Sargento Moisés, houve um equívoco na
chegada das crianças ao Conselho Tutelar. “Pela informação que tive, lá
tinha um conselheiro que estava em atendimento, até que se prove o contrário, e
que pediu que aguardassem lá. Mas os policiais que estavam, talvez, nervosos
com a situação, queriam entregar as crianças logo e levaram para a delegacia,
infelizmente”.
O vereador encerrou o seu pronunciamento
direcionando críticas ao secretário de Direitos Humanos, que condenou os
policiais a serem expulsos da corporação, e ao presidente da OAB de Caxias,
Agostinho Neto, que disse que a Polícia Militar é ‘despreparada’, falando da
instituição.
Para o presidente da Câmara, vereador Catulé
(PRB), “a imprensa está correta em informar e as instituições que podem averiguar
estão fazendo o seu papel, como está fazendo a OAB. Esta, não está contra
ninguém, a OAB está pedindo que sejam apurados os fatos e os responsáveis sejam
punidos. O Conselho dos Direitos Humanos cumpre o seu papel. E a Polícia
Militar e o seu comando, começando daqui, com o coronel Márcio, também estão
tomando as providências que se fazem necessárias”.
“Acho que o que houve, no meu ponto de vista,
foi falta de maturidade. Eu recebi informações, não sei se estão corretas, que
esses jovens policiais foram recentemente incorporados na instituição. Acho que
faltou experiência. Porque não adianta passar a mão quando as imagens fortes
falam por si só”, frisou Catulé.
Sobre o fato de populares terem amarrado as
crianças na residência, na opinião do presidente da Casa, “as
pessoas, sem nenhuma formação cultural, agem por impulso e amarram as crianças.
Encrencou a Polícia Militar, e aí é aonde entrou a inexperiência, porque os
policiais deveriam ter desamarrado já naquele momento; e ainda trouxeram para a
porta da delegacia, quando deveriam conduzir até os pais”.
ASCOM/CMC
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