O São João que a gente quer chegou à sua 3ª
noite, trazendo a diversidade caxiense e maranhense.
Na noite de São João, comemorada em 24 de
junho, passaram pelo tablado da Vila Junina o Reisado Mirim Encanto dos Cocais,
que dá continuidade à cultura caxiense.
“Por que focar nesse público? Porque o que a
gente ver hoje em dia é as crianças se perdendo no mundo da violência, não
respeita os pais, nem as mães. Nós estamos tirando eles do mundo da violência.
Eu brinco desde os 08 anos e vou fazer até o fim da minha vida”, disse
o jovem Rafael dos Santos, fundador do grupo de Reisado Mirim.
A animação seguiu com a apresentação das
crianças da quadrilha caipira “Os Pimentinhas”. Valorizando a cultura
caxiense, o grupo teatral ‘Do Conto ao Sonho’ destacou as lendas existentes na
“Princesa do Sertão”, a exemplo da “Mãe D’água”, do bairro Ponte; da “Serpente”
e do “Peixe Brada Luz”, que mantém vivo o Rio Itapecuru e o Lago da Veneza.
“A gente resolveu trabalhar as lendas da cidade
de Caxias com o propósito de reviver essas tradições, esses costumes, que eram
sempre passados por nossos avós, pelos nossos pais, que aos poucos foi se
perdendo ao longo do tempo. Esse empoderamento da cultura é muito importante”, diz
Richter Wenzel, diretor do espetáculo.
O Boi de Matraca ‘Riso da Mocidade’ da cidade
de Timon, com 88 anos de história, encerrou as apresentações no tablado
reforçando a cultura maranhense, abrindo espaço para a interação com o público
presente.
“É trazendo a raiz cultural, buscando o
vínculo social também, porque integra pessoas, integra família, existe todo um
amor, um respeito pelas pessoas que ali brincam, que ali circulam na nossa sede
do Riso da Mocidade”, destacou Dino, cantador do Boi Riso da
Mocidade.
“Agora nós iniciamos de fato nossa
programação tradicional: bumba bois, teatro, quadrilhas, enfim, danças típicas
da nossa região. Até domingo vocês verão várias atrações tradicionais e as
melhores bandas do Brasil no palco”, lembra Arthur
Quirino, secretário de Cultura, Patrimônio Histórico, Esporte, Turismo e
Juventude.
Enquanto nas 100 barracas se oferece a
variedade da culinária típica do período junino, o público também percebe nas
apresentações a valorização da cultura da região.
“Estamos trabalhando para realizar a nossa
formatura do Curso de Direito da FAI. Estamos valorizando a culinária caxiense
e nós priorizamos o atendimento de qualidade para o cliente sair satisfeito”,
ressalta Mizael Franco, acadêmico do Curso de Direito.
“O que mais chamou atenção foram as comidas
típicas e também a dança, porque algumas pessoas de foram vêm apreciar outras
culturas que em outros estados não tem”, frisa Lucas
Ribeiro, espectador.
“É a primeira vez que a gente ver a
sensibilidade, a organização. Está todo mundo a vontade. O prefeito está de
parabéns!”, afirma Maria Antônia, professora.
“Muito bonito, muito bem organizado. Parabéns
à organização. A cada ano vai somando, isso para mim é uma riqueza, é muito
importante”, ressalta Doralice Cruz, professora.
Encerraram a noite no palco principal as
atrações musicais Lampião sem Maria Bonita, de Caxias, e a cearense Taty Girl
que, depois de participar da inauguração da Praça Dom Luís Marelim no ano
passado, retorna a Caxias.
“São João aqui acho que é o terceiro que eu
faço. Já fiz a inauguração da Praça e pra mim é uma honra está sempre aqui.
Pode chamar que eu venho mais”, Taty Girl, cantora.
A cantora, que tem uma história bem peculiar
tendo sido moradora de rua e doméstica, mesmo após atingir o sucesso na música
promove ações que chamam atenção por destoarem da normalidade como, por
exemplo, cantar para presidiários.
“Já fui moradora de rua, doméstica, fui uma
dublê, fui tanta coisa na vida, mas hoje estou aqui cantando. Já fiz
várias apresentações para presídios masculino, feminino, gays. No presídio que
ficam os gays eu fiz questão de ter cantado; outra ala que eu cantei foi uma de
Maria da Penha. Acho que todo mundo merece uma segunda chance”,
revelou Taty Girl, cantora. (Ascom)
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