
De acordo com a reportagem, Rafael Ângulo
distribuía propina a “clientes especiais”,
como deputados, senadores, governadores e ministros. A revista diz que ele
entregou duas malas, no total de R$ 500 mil, ao tesoureiro petista em 2012.
Outros R$ 900 mil, ainda segundo Veja, foram entregues a um assessor no Palácio
dos Leões, em São Luís, onde a então governadora Roseana Sarney despachava.
Roseana renunciou ao mandato na última quarta-feira, alegando recomendações
médicas.

A reportagem afirma que Rafael Ângulo
transitava sem levantar suspeitas pelos aeroportos. “Ele cumpria suas missões mais
delicadas com praticamente todo o corpo coberto por camadas de notas fixadas
com fita adesiva e filme plástico, daqueles usados para embalar alimentos. A
muamba, segundo ele disse à polícia, era mais fácil e confortável de ser
acomodada nas pernas”, diz trecho da reportagem. Dois ou três comparsas
o auxiliavam quando o transporte envolvia valores mais altos.
Segundo Veja, Rafael anotava e guardava
comprovantes de todas as suas operações clandestinas. “É considerado, por isso, uma
testemunha capaz de ajudar a fisgar em definitivo alguns figurões envolvidos no
escândalo da Petrobras”, destaca a publicação. Ele se ofereceu para
fazer um acordo de delação premiada, pelo qual o acusado tem sua pena reduzida
em troca da colaboração com as investigações.
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