Editorial de O
Imparcial
O IMPARCIAL nasceu sob
o signo da polêmica, pela postura de equilíbrio de contundência e de respeito
às regras básicas que norteiam a comunicação social. Ao longo de seus quase 88
anos, o jornal dos Diários Associados no Maranhão nunca enveredou pelo
descaminho da irresponsabilidade e do desrespeito aos seus milhares de
leitores. Muito menos servindo a grupos políticos temporários. Pelo contrário,
nessas décadas de circulação ininterrupta só uma vez um diretor seu saiu em
busca de mandato eletivo – o saudoso jurista José Pires de Sabóia –, mas mesmo
assim na condição de licenciado das funções na empresa.
Só quem arregaça as mangas para produzir um jornal
diário, por tanto tempo enfrentando dificuldades de toda ordem – inclusive
pressões políticas – pode avaliar o determinismo de uma atividade tocada à
coragem, sem fugir dos parâmetros éticos. É isso que nos faz ser respeitado.
Tantas tecnologias foram adaptadas em 88 anos, mas nenhuma fez O
IMPARCIAL fugir de conduta de berço: respeito ao leitor, sem nunca se
imiscuir em negócios escusos ou demandas condenáveis – políticas ou não.
Em 2014, ano eleitoral, em que a disputa pelo
governo do Maranhão tornou-se para alguns uma questão de vida ou morte, de
começo ou de fim,O IMPARCIAL não vai mudar a linha editorial que o
consagrou. Tampouco aceita qualquer tentativa de desqualificá-lo como o
informativo que tem dois compromissos fundamentais: de respeito ao seu maior
acionista, o leitor, dono de sua história; e com as causas que enobreçam o
Maranhão. Exatamente por isso é que repudiamos, com veemência, qualquer
tentativa nefasta de políticos, sejam de direita, de esquerda, ou de nenhuma
ideologia, em colocar em xeque a nossa credibilidade, tão duramente
conquistada. Ela é o patrimônio pétreo de O IMPARCIAL. Jornal, que, aliás,
tornou-se “uma instituição do Maranhão”, como tem sido repetidamente
reconhecido.
O maior desafio, hoje, do nosso jornal é não se
deixar ser engolido pelas novas e avassaladoras tecnologias digitais. E
mantê-lo retilíneo aos seus objetivos de longas datas. Eis os motivos pelos
quais apostamos, mais uma vez, na capacidade inovadora da nossa equipe, motivo
de orgulho. O IMPARCIAL, neste ano de eleições, sabe o papel que lhe cabe na
divulgação isenta das informações que diariamente esbarram em sua redação,
envolvendo as disputas eleitorais.
Olhando sempre o lado da imparcialidade na
informação, O IMPARCIAL contratou o Instituto Econométrica para realizar uma
série de pesquisas sobre as eleições de outubro. Trata-se da agência pioneira
nesse tipo de pesquisa no Maranhão, portanto com larga e inquestionável
experiência. No entanto, somente as pesquisas da Econométrica sofrem os mais
estranhos questionamentos na Justiça Eleitoral.
No entanto, outras consultas congêneres,
contratadas por veículos de candidatos e de pessoas a eles diretamente
vinculadas, são vistas como uma peça “perfeita” e “acima de qualquer suspeita.”
Por essas e outras é que e repudiamos a tentativa de admoestar O IMPARCIAL.
Embora tais tentativas no deixem indignados, porém, não nos abate nem nos
preocupa. Afinal, tentativas de boicotar meios de comunicação, sob os mais
mesquinhos pretextos, não são atitudes próprias de quem presa pelos fundamentos
da democracia representativa.
O IMPARCIAL vai continuar sendo o jornal que é. O
governo, seja comandado por quem for, é efêmero. Por isso mesmo vamos continuar
trabalhando, dando a contribuição necessária e imprescindível para que as
eleições deste ano não sejam o sucesso desse ou daquele grupo, mas da população
que vai comparecer às urnas, acreditando num futuro melhor para todos. Esse é o
nosso objetivo – sem politicagem, sem partidarismo.
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